Depois de uma sessão marcada pela volatilidade nos negócios, o dólar fechou em leve baixa frente ao real, acompanhando o movimento no cenário externo. A divulgação de balanços corporativos contraditórios trouxe maior cautela para os mercados, com sinal de alerta para o fraco desempenho do setor financeiro.
A moeda norte-americana caiu 0,10 por cento, cotada a 1,906 real na venda, depois de chegar a subir 0,16 por cento na máxima do dia.
Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar operava em queda de 0,22 por cento.
"Sem indicadores financeiros importantes, o dia foi bastante tranquilo, depois da semana de forte otimismo nos mercados", destacou Rodrigo Nassar, gerente da meda financeira da Hencorp Commor Corretora.
O banco Morgan Stanley divulgou nesta quarta-feira seu terceiro prejuízo trimestral consecutivo, que somou 1,26 bilhão de dólares, ante lucro de 1,1 bilhão de dólares no mesmo período do ano passado.
O Bancorp, um dos 10 maiores bancos dos Estados Unidos, também informou queda de 76 por cento no lucro líquido do segundo trimestre, para 221 milhões de dólares, menos que o esperado, atingido por uma ampla deteriorização na concessão de crédito.
Por outro lado, os resultados da Boeing e Pfizer vieram acima do esperado.
As bolsas norte-americanas operavam sem tendência definida, enquanto o Ibovespa apresentava queda de 0,27 por cento.
No mercado local, as atenções nesta quarta-feira estavam concentradas no anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros básica (Selic).
"As apostas estão centralizadas para um corte de 0,5 ponto percentual, o que não deve influir no mercado de câmbio", disse Nassar.
Fluxo
Nesta tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial no país ficou negativo em 330 milhões de dólares nos 13 primeiros dias úteis de julho.
O número foi resultado de um déficit nas operações comerciais de 1,516 bilhão de dólares, contra saldo positivo nas transações financeiras de 1,187 bilhão de dólares.
Os dados divulgados pelo BC mostraram também que a autoridade monetária vem reduzindo as compras de dólares no mercado à vista de câmbio, adquirindo 405 milhões de dólares neste mês, em operações com liquidação também até o dia 17.
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