O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (8), após ser cotado acima de R$ 2,30 durante a manhã, quando investidores aproveitaram o clima de aversão ao risco no exterior para testar a tolerância do Banco Central à alta da divisa dos Estados Unidos. O movimento de queda ganhou corpo à tarde, com exportadores valendo-se das cotações maiores para vender dólares e diante do clima mais ameno lá fora, após a Rússia informar que encerrou seus exercícios militares perto da fronteira com a Ucrânia.

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A moeda norte-americana fechou em queda de 0,4%, a R$ 2,2868 na venda, após atingir a máxima de R$ 2,3080 e ter subido quase 1% na véspera. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro foi em torno de 1 bilhão de dólares. "O que vimos também foi uma realização de lucros, com os exportadores vendendo (dólares) com a cotação a R$ 2,30", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, ressaltando que o mercado não consegue sustentar o dólar acima de R$ 2,30 por conta das atuações do BC.

Há quase duas semanas o dólar tem sido negociado acima de R$ 2,25, deixando para trás o teto da banda informal de flutuação, entre R$ 2,20 e R$ 2,25, que vigorou desde abril passado, com alguns breves períodos de exceção.

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Para alguns especialistas, o intervalo de flutuação pode ter mudado de patamar, indo de R$ 2,25 a R$ 2,30. Com o dólar agora nas máximas em quatro meses, cresceram as expectativas de que o BC possa aumentar suas intervenções para evitar o impacto da alta do câmbio sobre a inflação. Na semana, o dólar acumulou valorização de 1,16% ante o real. "Enquanto o BC não der sinal de que está presente (com mais intensidade), o mercado vai continuar testando", afirmou o operador de uma corretora internacional.

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às suas intervenções diárias e vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, com volume equivalente a 198,8 milhões de dólares. Foram vendidos 3,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 500 contratos para 1º de junho de 2015.

Em seguida, o BC vendeu a oferta total de swaps para rolar os contratos que vencem em 1º de setembro. Até agora, o BC rolou cerca de 20 por cento do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.

Internacional

Se pela manhã a cena externa pressionou para cima o dólar, à tarde acabou ajudando no arrefecimento da moeda. Isso porque foi noticiado que a Rússia estava encerrando seus exercícios militares perto da Ucrânia, minimizando os temores de mais sanções entre o Ocidente e a Rússia.

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Pela manhã, os investidores reagiram à informação de que os Estados Unidos atacaram o Iraque, o que ajudou a empurrar o dólar para cima. No final desta tarde, o dólar caía ante o euro.