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O dólar registrou nesta quinta-feira (30) o seu quarto pregão consecutivo de queda frente ao real, acompanhando o humor positivo da maior parte do mercado financeiro mundial. Ao final do dia, a moeda americana teve baixa de 1,77%, sendo cotada a R$ 2,105.

A moeda norte-americana, que na semana encerrada no dia 24 de outubro fechou a R$ 2,327, teve baixa de 9,54% desde segunda-feira. Entretanto, a taxa de câmbio brasileira acumula uma variação positiva de 18,45% desde o início do ano, quando o dólar valia R$ 1,777.

PIB dos EUA

O anúncio da retração na economia americana de 0,3% - menor que os 0,5% esperados pela maioria dos analistas - ajudou a reforçar a tendência de desvalorização do dólar, que operou em queda desde o início do pregão, ainda repercutindo a queda na taxa de juros dos EUA e a manutenção do mesmo indicador no Brasil, anunciadas nesta quarta.

Também contribuiu para o novo recuo na cotação as seguidas intervenções do Banco Central (BC) no mercado cambial. Neste quinta, a autoridade monetária realizou leilões simultâneos de dólares com compromisso de recompra e também fez uma nova oferta de contratos de "swap" cambial tradicional. O volume da operação foi de US$ 979 milhões.

Outro fator que também pesou no pregão foi o anúncio realizado na quarta-feira de que o BC americano disponibilizou linhas de "swap" de moedas com Brasil, México, Coréia do Sul e Cingapura, de volume de US$ 30 bilhões cada, como forma de melhorar as condições de liquidez nos mercados globais.

Tendência

"O mercado está um pouco mais sereno, principalmente depois de todo o noticiário de ontem. O humor em geral está melhor", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da corretora Concórdia. Ele ressaltou que a tranquilidade do mercado se refletia também no baixo volume de negócios.

Piason destacou ainda que diversas empresas com problemas de posicionamento nos mercados futuros de câmbio estão renegociando os contratos com os bancos, o que alivia uma parte das pressões sobre o câmbio.

"O dólar está seguindo a tendência natural de voltar para o patamar normal em torno de 2 reais", avaliou Paulo Shiguemi Fujisaki, analista de mercado da corretora Socopa, ressalvando que esse ajuste tende a ocorrer na ausência de novos dados pessimistas. Força do BC

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, revelou durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal que a atuação para tentar impedir a disparada do dólar, somou US$ 32,8 bilhões desde a piora da crise financeira internacional com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em meados de setembro.

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