A alta do dólar em todo o mundo colocou a taxa de câmbio novamente acima de 1,75 real nesta terça-feira (15), refletindo a expectativa do mercado sobre a reunião do Federal Reserve.

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A moeda norte-americana subiu 0,52 por cento, para 1,754 real. Às 16h44, o índice do dólar em relação às principais moedas subia 0,87 por cento, e o euro caía ao menor nível em mais de dois meses, a 1,45 dólar.

A principal justificativa para a alta do dólar era a possibilidade de que o Federal Reserve comece a sinalizar um futuro aumento dos juros, com base em indicadores recentes de um aquecimento da atividade e dos preços. A decisão do Fed sobre os juros será anunciada na quarta-feira.

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Nesta terça, a divulgação de uma alta de 1,8 por cento dos preços ao produtor em novembro deu força aos economistas que preveem uma retirada mais próxima do estímulo monetário.

Para Marcelo Portilho, estrategista da CM Capital Markets, a alta do dólar só não foi maior no Brasil por causa do aumento do petróleo após nove dias de queda, que sustentou o índice Reuters-Jefferies de commodities em alta de 0,24 por cento durante a tarde.

Além disso, segundo Portilho, a reabertura do bônus 2019 pelo Tesouro sinaliza que a janela para captação de recursos --um dos fatores que justifica o fluxo positivo ao longo do segundo semestre-- continua aberta no mercado internacional.

De acordo com fontes de mercado, o Tesouro pretende captar 500 milhões de dólares com a operação. Foram contratados os bancos Morgan Stanley e Goldman Sachs.

No mercado interno, operadores comentaram a saída de entre 500 e 600 milhões de dólares, pela manhã, por parte de uma multinacional do setor de alimentos. Ao longo do dia, no entanto, o fluxo negativo foi minimizado por algumas entradas e o dólar passou a operar com menos volatilidade, segundo o operador de uma corretora, que preferiu não ser identificado.

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