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O dólar subiu pelo segundo dia seguido nesta quarta-feira, refletindo o comportamento ainda arisco dos investidores internacionais após o aumento de juros na China e a redução da nota da dívida de Portugal pela agência Moody's.

A moeda avançou 0,32 por cento, para 1,570 real. Na segunda-feira, o dólar caiu a 1,554 real, menor nível em mais de 12 anos, culminando uma série de seis quedas consecutivas.

"Chegou num nível que não é possível que não se compre", disse Jorge Lima, consultor financeiro da corretora Previbank, considerando natural a recuperação da moeda após a expressiva baixa da semana passada.

A raiz da alta estava no mercado global. Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar subia 0,53 por cento às 16h42, com investidores preocupados com o crescimento global após o terceiro aumento do juro na China este ano.

A classificação da dívida de Portugal como "grau especulativo" na terça-feira pela agência Moody's também foi comentada pelos investidores, principalmente pela manhã. O euro caía quase 1 por cento, em torno de 1,43 dólar.

Os operadores no Brasil também comentaram a possibilidade de que o governo adote novas medidas para frear a queda do dólar. Uma fonte do governo disse à Reuters que a presidente Dilma Rousseff de fato estuda medidas nesse sentido, mas que ainda não decidiu sobre o momento para isso.

"Parece provável que novas medidas de controle sobre os capitais mais especulativos sejam anunciadas nas próximas semanas", escreveu em nota Neil Shearing, economista sênior para mercados emergentes da Capital Economics, que espera dólar a 1,55 real no final de 2011.

Na agenda de indicadores, o Banco Central confirmou a saída líquida de 2,556 bilhões de dólares em junho, primeiro mês do ano com déficit no movimento de câmbio.

A Ptax fechou a 1,5662 para venda, em alta de 0,16 por cento ante terça-feira.

No mercado futuro, o volume no contrato mais líquido era de de quase 349 mil contratos às 16h42, acima da média de 302,6 mil papéis por dia neste ano.

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