O dólar subiu quase 3% e superou 1,85 real nesta quarta-feira (23), fechando no menor nível desde 4 de outubro em meio ao agravamento da aversão a risco no mercado internacional. A moeda norte-americana fechou a 1,8597 real para venda, em alta de 2,94%.

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O aumento da aversão a risco no exterior começou após o resultado do índice PMI para o setor manufatureiro da China, que caiu para 48 em novembro e mostrou a maior contração em 32 meses por causa da fraqueza da demanda local.

Mais tarde, a demanda relativamente fraca por títulos alemães em um leilão de bônus inquietou os investidores, que viram um sinal de que a crise na zona do euro está começando a afetar diretamente a Alemanha, maior economia da região.

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A subida do dólar aumenta a expectativa entre operadores por uma intervenção do Banco Central (BC). A autoridade monetária ainda não atuou no mercado este mês.

"É claro que, quando o mercado chega nesse patamar acima de 1,85 (real), sempre vem aquela lembrança de que o Banco Central está aí", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado, citando a possibilidade de uma pesquisa de demanda por swap cambial conforme se aproxima o fim do mês.

Os leilões de swap cambial funcionam como uma venda de dólares no mercado futuro. Eles foram usados pela autoridade monetária nos últimos dois meses quando o dólar operava em torno de 1,90 real.

Em audiência na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o patamar recente do dólar era "razoável" após várias medidas tomadas pelo governo no primeiro semestre para frear a valorização do real.

A taxa Ptax, calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a 1,8441 real para venda, em alta de 2,06% ante terça-feira.

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Na quinta-feira, com o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, o volume de operações tende a ser menor.