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O dólar registrou no pregão desta sexta-feira (19) sua maior queda em mais de seis anos, após o alívio trazido por um plano de ajuda ao setor financeiro dos EUA e por uma oferta total de US$ 500 milhões promovida pelo Banco Central brasileiro, em dois leilões.

Ao final do dia, a moeda americana encerrou as negociações com baixa de 4,74%, cotada a R$ 1,830. Durante o pregão, chegou a registrar queda superior a 5%. Foi a maior queda diária desde o dia 1° de agosto de 2002. No entanto, mesmo com o resultado, divisa ainda registrou valorização de 2,75% no acumulado da semana.

Confirmação de plano dos EUA impulsiona Bovespa

Nesta sexta, o Banco Central reiniciou os leilões de venda de dólar com compromisso de recompra para tentar conter a disparada da moeda norte-americana, que haviam sido suspensos desde 2003.

Foram realizadas duas operações, uma na manhã e outra durante a tarde. Na primeira o BC aceitou duas propostas, vendendo US$ 200 milhões. A taxa de venda foi de R$ 1,838. Já no segundo leilão, a autoridade monetária vendeu todo o lote de US$ 300 milhões com taxa de R$ 1,827. Seis propostas foram aceitas.

Os mercados também foram afetados por um plano de "centenas de bilhões de dólares" anunciado pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, para ajudar os bancos a escapar de suas dívidas, principal causa da atual crise financeira. O anúncio gerou uma onda de euforia nos mercados financeiros ao redor do mundo.

Recuo

"Todos os preços estavam distorcidos. Eram todos preços de crise", disse Roberto Padovani, estrategista sênior de investimentos para a América Latina do banco WestLB Brasil.

"De um modo geral, é dia de alívio, de recuperação de preço para todos os ativos", disse Padovani.

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