O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (22), influenciado por operações pontuais, enquanto os investidores aguardavam a divulgação do balanço auditado da Petrobras e permaneciam atentos a votação de medidas importantes no Congresso.

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A moeda norte-americana chegou a romper a barreira dos R$ 3 durante a sessão, sendo cotada a R$ 2,9969 na mínima, mas o movimento perdeu força e o dólar fechou a R$ 3,0083 na venda, em queda de 0,63%. Na máxima, a moeda foi negociada a R$ 3,1023.

Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,7 bilhão.

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“O mercado está mais estável e o movimento da sessão reflete operações pontuais de entrada que fizeram o dólar cair”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Balanço

O mercado aguardava a divulgação dos resultados auditados do terceiro e quarto trimestres do ano passado da Petrobras, previsto para após o fechamento dos mercados nesta quarta-feira.

“O foco hoje deve ser sobre a divulgação do fortemente esperado resultado da Petrobras e as estimativas de custo dos problemas de corrupção”, informou o Scotiabank em relatório enviado a clientes.

Além da expectativa pelos resultados da Petrobras, o mercado acompanhava ainda a votação de medidas importantes no Congresso Nacional. A Câmara dos Deputados deve analisar os destaques ao projeto da terceirização ainda nesta quarta-feira, enquanto o Senado Federal deve analisar projeto sobre a indexação da dívida de estados e municípios.

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“O dia está bem recheado de situações locais que ajudam a manter cautela”, disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto.

No mercado externo, a moeda norte-americana rondava a estabilidade em relação a uma cesta de moedas.

Swap

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total.

Vale dispara e Ibovespa retoma os 54 mil pontos; Petrobras sobe

A expectativa pelo balanço da Petrobras permeou os negócios na Bovespa nesta quarta-feira (22,) volta do feriado de Tiradentes. Mas foi a Vale quem roubou a cena e turbinou o comportamento do principal índice à vista hoje, ajudada ainda por siderúrgicas e bancos.

No encerramento, o Ibovespa subiu 1,59%, aos 54.617,36 pontos. Na mínima da sessão, estável, marcou 53.762 pontos e, na máxima, 54.848 pontos (+2,02%). No mês, acumula ganho de 6,78% e, no ano, de 9,22%. O giro financeiro totalizou R$ 6,936 bilhões, segundo dados preliminares.

A queda dos ADRs da Petrobras, ontem, em Wall Street, quando aqui a bolsa estava fechada, gerou um ajuste no começo da sessão e os papéis chegaram a operar em queda. Mas, à tarde, a trajetória se inverteu e as ações foram para as máximas, ritmo, no entanto, que perdeu fôlego até o fechamento.

A promessa da petrolífera é apresentar os números logo mais, às 18 horas, e, por enquanto, o mercado está otimista pelo simples fato de essa página do balanço dos terceiro e quarto trimestres ser virada. O que se virá depois disso, no entanto, ainda é incerto.

Nesta quarta, a ação ON terminou com alta de 0,53% e a PN, de 0,23%.

Altas

Vale liderou as altas do Ibovespa, com +9,81% na PNA, +9,70% na ON, e +8,06% da Bradespar PN, principal acionista da empresa. A alta foi puxada pelos dados de produção do primeiro trimestre, divulgados pela manhã, pelo avanço do preço do minério de ferro e pela alta das importações do insumo pelos chineses, os maiores consumidores.

CSN ON avançou 7% e ocupou a quarta colocação entre as maiores altas do índice. Gerdau PN terminou em +3,39%, Metalúrgica Gerdau PN ficou 3,62% mais cara e Usiminas PNA registrou valorização de 3,88%.

No setor financeiro, BB ON foi destaque, com +4,05%, Bradesco PN, +1,34%, Itaú Unibanco PN, +2,79%, e Santander unit, +3,21%.

Nos EUA, os balanços corporativos impulsionaram os índices acionários. O Dow Jones avançou +0,49%, aos 18.038,27 pontos, S&P terminou com +0,51%, aos 2.107,96 pontos, e o Nasdaq, em +0,42%, aos 5.035,17 pontos.