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Esta quinta-feira, 17, foi de volatilidade no mercado de câmbio, que voltou a fechar em alta após uma breve trégua na véspera. As atenções se dividiram entre os desdobramentos da crise política interna e a reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que no meio da tarde decidiu adiar mais uma vez o aumento dos juros na maior economia do mundo. O dólar à vista terminou o dia em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,862. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro subia 1,10% às 16h50, a R$ 3,891.

Pela manhã, quando o conturbado cenário doméstico mais pesou, a cotação do dólar no mercado à vista chegou à máxima de R$ 3,906 (+1,90%), patamar superior aos R$ 3,905 registrados após a perda do grau de investimento pela Standard & Poor’s. Nesse momento, uma das principais fontes de estresse eram os comentários de que a presidente Dilma Rousseff estaria sendo pressionada pelo ex-presidente Lula a alterar a atual política monetária, por meio de um afrouxamento do ajuste fiscal e redução de taxa de juros. A possibilidade foi desmentida pela assessoria do Instituto Lula, o que reduziu a pressão sobre os mercados.

À tarde, quando as atenções se voltaram mais à decisão de política monetária dos Estados Unidos, a cotação do dólar à vista passou a perder forças e foi à mínima de R$ 3,8340 (+0,03%) às 15h48. O mercado futuro de juros acompanhou a tendência e as taxas foram conduzidas também às mínimas. Para isso contribuíram a desaceleração do dólar no mercado internacional e a queda dos juros dos Treasuries, os títulos do Tesouro dos EUA.

O Fed manteve a taxa básica de juros no atual patamar, de 0% a 0,25%, e não deu sinalização clara sobre quando começará a ajustar a taxa para cima. A análise das estimativas do Fed para alguns indicadores e do discurso da presidente da instituição, Janet Yellen, no entanto, levou os investidores à percepção de que ficaram reduzidas as chances de alta de juros nos próximos meses. Com isso, ganhou força o movimento de venda de dólares em todo o mundo.

Em meio à movimentação dos investidores após o anúncio do Fed, operadores perceberam um forte componente especulativo no mercado, o que trouxe a volatilidade de volta ao câmbio e levou o dólar a acelerar novamente ante o real.

Ibovespa termina estável após sessão volátil

A Bovespa teve um pregão extremamente volátil nesta quinta-feira, 17, de decisão de política monetária do Federal Reserve. E o resultado não podia ter sido mais equilibrado para o dia: o principal índice à vista fechou estável.

O Ibovespa terminou o pregão estável, aos 48.551,07. Na mínima, marcou 48.082 pontos (-0,97%) e, na máxima, 49.396 pontos (+1,74%). No mês, acumula ganho de 4,13% e, no ano, perda de 2,91%. O giro financeiro totalizou R$ 7,426 bilhões.

Nos EUA, o Dow Jones terminou a sessão em baixa de 0,39%, aos 16.674,74 pontos, o S&P recuou 0,26%, aos 1.990,20 pontos, e o Nasdaq subiu 0,10%, aos 4.893,95 pontos.

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