Com os executivos-chefes das três grandes montadoras dos Estados Unidos renovando nesta quinta-feira no Congresso norte-americano o pedido por um pacote de ajuda do governo, a Casa Branca afirmou que ainda é muito cedo para avaliar os planos das montadoras para resistirem à crise econômica.
No entanto, a porta-voz da Casa Branca Dana Perino sugeriu que a administração será flexível ao considerar o pedido das montadoras, reiterando que deverá estudar uma ampliação do programa de empréstimo de US$ 25 bilhões do Departamento de Energia (DOE), se necessário. "Acredito que é muito cedo para dar um veredicto", afirmou Perino.
Os executivos-chefes da General Motors, Ford Motor e Chrysler estão testemunhando nesta quinta-feira diante do Comitê Bancário do Senado dos EUA. As empresas pediram uma ajuda de US$ 34 bilhões, mas os congressistas estão divididos em relação aos méritos do pedido e à fonte do financiamento, se ele for concedido.
A Casa Branca, que tem resistido a dar às montadoras dinheiro do pacote de US$ 700 bilhões do Departamento do Tesouro para resgate do mercado financeiro, afirma que o empréstimo do programa do DOE, originalmente destinado a ajudar as companhias a se reequiparem para fabricar veículos limpos, deve ser acelerado.
Apesar da diferença de US$ 9 bilhões entre o programa de empréstimo já autorizado e o pedido das montadoras, Perino deixou aberta a possibilidade de revisões para aumentar o tamanho dos empréstimos. "Uma das coisas que sempre dissemos para os membros do Congresso é que, se eles quisessem colocar mais dinheiro naquele programa, nós levaríamos isso em conta", afirmou a porta-voz.
"O caso da viabilidade (das companhias) é muito importante. E isso não é algo sobre o que podemos fazer um julgamento rápido. Isso vai levar algum tempo", disse Perino. "Não acho que exista alguma coisa que as montadoras possam dizer hoje que faça tudo ser resolvido até o fim do dia". As informações são da Dow Jones.
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