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Uma safra de dados econômicos e corporativos surpreendentemente positivos produziu saraivadas de ordens de compra de ações nas bolsas do mundo inteiro, movimento copiado pela bolsa paulista, que buscou os maiores níveis em quase 16 meses.

O Ibovespa, índice com as ações mais importantes da bolsa brasileira, subiu 2,41 por cento, fechando o dia a 66.201 pontos. O giro financeiro da sessão totalizou 14,56 bilhões de reais. O volume foi turbinado pelo vencimento dos contratos de índice futuro.

"Todos os dados do dia mostraram que o mundo está mostrando uma recuperação firme", disse Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos.

No plano macroeconômico, o dia começou fortemente positivo, depois que a China reportou um forte crescimento das atividades de comércio exterior em setembro, movimento puxado pelas importações de commodities como ferro e cobre.

O reflexo nos papéis de empresas ligadas ao setor foi instantâneo, sob liderança das siderúrgicas. A ação preferencial da Usiminas disparou 5,1 por cento, a 52,80 reais, seguida por CSN, com um salto de 5 por cento, para 60,60 reais.

O papel preferencial da gigante Vale ganhou 4,6 por cento, cotada a 40,41 reais. Segundo profissionais do mercado, o noticiário positivo do dia facilitou a atuação dos comprados --investidores que apostam na alta dos papéis-- perto do exercício de opções, que acontece na segunda-feira.

Com intensidade menor, o mesmo movimento valeu para o papel preferencial da Petrobras, com avanço de 0,9 por cento, a 36,15 reais.

Em outra frente, dados reforçaram a leitura de que a economia norte-americana está se levantando da recessão, como o de vendas no varejo e de estoques empresariais, que vieram acima das expectativas.

Os investidores de Wall Street, que já vinham otimistas com resultados trimestrais acima das expectativas de empresas como Intel e JP Morgan, ficaram eufóricos. Com isso, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova Iorque subiu 1,47 por cento, para cima dos 10 mil pontos pela primeira vez desde setembro do ano passado.

No plano doméstico, dados do Ministério do Trabalho endossaram a sensação de melhora da economia ao mostrarem que o país criou 252.617 postos de trabalho em setembro, no oitavo mês consecutivo de expansão.

O noticiário deu fôlego para novas apostas em setores ligados à economia doméstica, como construtoras, bancos e varejistas. Banco do Brasil cresceu 3,2 por cento, para 32,40 reais.

Vendo as previsões mais otimistas para o desempenho da bolsa paulista sendo atropeladas muito antes do previsto, outra casa de investimentos revisou suas estimativas para cima.

Em relatório, o Citigroup elevou sua previsão de fim de ano do Ibovespa para 70 mil pontos, ante alvo anterior de 65 mil pontos. Foi a terceira revisão para cima desde abril.

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