Depois de registrar forte instabilidade no início da manhã desta quinta-feira (16), a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) segue em forte queda.
Por volta das 14h47 o indicador Ibovespa operava com baixa de 6,65%, aos 34.383 pontos.
Numa mostra da volatilidade que marca o pregão, o índice chegou a subir mais de 1% no início dos negócios, e a cair mais de 8% na seqüencia.
O dia também é marcado pelo sobe-e-desce no mercado dos Estados Unidos, onde os indicadores já mudaram de sinalização por diversas vezes. Por volta das 14h48, o índice Dow Jones apontava queda de 0,93%. Já o S&P 500 caía 1,15% e o indicador tecnológico Nasdaq recuava 0,51%.
Recessão
Apesar dos diversos planos de resgate do setor financeiro anunciados esta semana pelos Estados Unidos e Europa, temores de uma recessão duradoura nos países do hemisfério norte deixam o mercado em alerta.
Nos últimos dias, diversos países têm dado indícios de que a recessão já está batendo à porta. Nos Estados Unidos, a produção industrial registrou a maior queda em 34 anos. Os resultados do Citigroup, que anunciou nesta quinta-feira um prejuízo líquido de US$ 2,815 bilhões no terceiro trimestre, deixa investidores receosos.
No início da semana, a presidente do banco central norte-americano (Fed, na sigla em inglês) de San Francisco, Janet Yellen, que afirmou que os EUA 'parecem estar em recessão'.
A confirmação deste quadro veio no meio tarde, com a divulgação da compilação de dados sobre a economia americana denominado Livro Bege, que mostrou desacelaração geral da atividade econômica em setembro - ainda antes do período mais agudo da crise.
Nesta quinta, um novo dado preocupante veio da Alemanha: a previsão de crescimento para 2009, antes de 1,7%, foi reduzida a 0,2%. Na França, o banco central local já admitiu a redução do PIB do país por dois trimestres consecutivos, configurando recessão técnica.
Europa e Ásia
Na Europa, os mercados também operam com forte volatilidade. Por volta das 11h50 (horário de Brasília), o FTSE-100, da bolsa de Londres, perdia 3,84%. Em Paris, o CAC-40 recuava 5,32%. Também operavam no vermelho os mercados de Milão, a -5,32%, e da Espanha, a -3,54%. Na mesma direção, a bolsa de Frankfurt perdia 3,92%.
Na Ásia, contaminada pela queda de Wall Street na quarta-feira, o índice Nikkei 225 da Bolsa de Tóquio despencou e encerrou o pregão com perdas de 11,41%, o segundo maior tombo de sua história.
Perdas de longo prazo
"Está claro que é pânico e que vai durar. Os mercados de valores mudaram fundamentalmente", afirmou Clifford Bennett, da Sonray Capital Markets, de Melbourne.
A Bolsa de Nova York teve na quarta-feira seu pior dia em mais de 20 anos, em um mercado vítima do pânico pela fragilidade da economia americana. O índice principal, Dow Jones, caiu 7,87%.
Com o aumento dos sinais de que os Estados Unidos estão à beira da recessão, o presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, advertiu que a reativação da economia americana não será "imediata". Bernanke destacou que a atividade econômica "já havia se desacelerado antes do recente agravamento da crise".
Os líderes europeus, reunidos quarta-feira em Bruxelas, pediram um encontro mundial antes do fim do ano para reformar o sistema financeiro, reforçando assim a pressão sobre os Estados Unidos.
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