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Paulo Cesar de Souza e Silva, novo presidente da Embraer, assume o cargo em julho. | Eric Piermont/AFP
Paulo Cesar de Souza e Silva, novo presidente da Embraer, assume o cargo em julho.| Foto: Eric Piermont/AFP

Após nove anos na presidência da Embraer, Frederico Fleury Curado será substituído por Paulo Cesar de Souza e Silva. A mudança foi anunciada pela empresa na quinta-feira (9). Silva toma posse em julho, mas a transição de gestão deve terminar apenas em dezembro. Até lá, Curado continuará na administração da companhia. Ele também vai continuar a integrar os conselhos da empresa, segundo a assessoria da Embraer.

Formado em economia, o novo presidente começou a carreira na Embraer em 2007 e, em 2010, assumiu a diretoria de aviação comercial, posição que ocupava até agora. Antes de entrar na empresa, ele trabalhou no setor bancário e foi vice-presidente para a América Latina do Westdeutsche Landesbank.

“Após mais de 32 anos na Embraer, 22 dos quais na diretoria, estou completando um ciclo em minha carreira e passarei a me concentrar em outras atividades profissionais e pessoais”, afirmou Curado, em nota.

Investigação de corrupção

Procurada, a companhia respondeu por meio de sua assessoria que a mudança na administração faz parte de um ciclo normal e que não está ligada a suspeitas de corrupção noticiadas nos Estados Unidos em março. Na ocasião, um consultor de vendas afirmou ao The Wall Street Journal que pagava propinas em nome da Embraer, fato que seria conhecido por seus executivos. O suborno estaria ligado à venda de aeronaves militares para a República Dominicana em 2008, segundo o jornal.

A fabricante de aeronaves é alvo de investigação do Departamento de Justiça e da SEC (Securities and Exchange Commission, a CVM americana) nos Estados Unidos por suspeita de violação das leis de anticorrupção do país. A Embraer declarou não saber o conteúdo das investigações, que correm em segredo de Justiça, e disse colaborar com elas.

Fundada em 1969, a companhia tem 19,3 mil funcionários e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil, já tendo produzido mais de 8.000 aeronaves. Em 2015, ela teve prejuízo de R$ 184 milhões.

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