Fernando, Cecília e Bernardo, da Simple Guest: eles cuidam de imóveis anunciados no Airbnb.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

A sharing economy (economia compartilhada) está mudando a forma das pessoas ganharem dinheiro. A estratégia central desse novo nicho de mercado é oferecer produtos e serviços que proprietários não utilizam com tanta frequência para outros usuários por um tempo determinado. Um exemplo de empresa que atua nesse segmento é o Airbnb, uma plataforma on-line para as pessoas anunciarem seus imóveis para alugar por um período de até 90 dias.

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De olho nesse segmento, os sócios Bernardo Quintão e Fernando Doege fundaram a Simple Guest, uma startup curitibana que gerencia os imóveis anunciados no Airbnb. O negócio começou em julho deste ano e já presta serviço para cerca de 30 residências localizadas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste.

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Uber

Além do Airbnb, o Uber - aplicativo que oferece serviço de táxi executivo - é outro exemplo de negócio baseado na sharing economy (economia compartilhada).

“A sharing economy é um dos nichos mais seguros. É a economia do dia a dia, feita de pessoas para pessoas, baseada na confiança. A tecnologia vem para ajudar o modelo de negócio”, comenta Bernardo Quintão. Os empreendedores investiram R$ 100 mil de capital próprio para colocar a startup no ar.

A ideia começou há dois anos, quando Fernando Doege trabalhava com aluguel de temporada usando o Airbnb. Em pouco tempo, ele dominou a plataforma e conseguiu alcançar bons resultados. Outras pessoas ficaram interessadas e entraram em contato para ele gerenciar os imóveis. Com isso, Doege viu a possibilidade de criar uma empresa para prestar serviços para quem anuncia em sites de hospedagem compartilhada.

Modelo de negócio

No Brasil, a Simple Guest é pioneira em prestar serviços para quem anuncia no Airbnb. A startup gerencia todo o processo de hospedagem, desde a otimização do anúncio e o contato com o potencial locatário até a entrega das chaves e limpeza do local. Além disso, possui uma equipe disponível 24 horas para resolver problemas que acontecem durante a hospedagem, coordenada pela gerente de experiência Cecília Pavan. Segundo Bernando Quintão, os clientes conseguem um aumento médio de 90% no faturamento.

Para atender os imóveis, a empresa conta com uma equipe de sete pessoas na sede em Curitiba. Elas são responsáveis por adequar e acompanhar os anúncios, responder dúvidas e prestar suporte técnico. Já para a entrega das chaves, limpeza e verificação das condições do imóvel, são contratados funcionários terceirizados.

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“A hospedagem compartilhada é um mercado novo que gera muito dinheiro. Muitos têm acomodações livres e essas plataformas de anúncio permitem a troca. Isso movimenta toda a economia”, diz Quintão. Os primeiros clientes da empresa vieram a partir de indicações de pessoas próximas, mas a startup investe em estratégias de marketing para atrair mais usuários.

Como estão em estágio inicial de desenvolvimento, as pessoas que querem contratar o serviço precisam se inscrever no site da Simple Guest e passar por uma pré-seleção. No momento, os imóveis que estão sendo aprovados são os localizados em cidades litorâneas e nas grandes capitais. A startup espera, nos próximos meses, expandir o número de atendimentos e trabalhar com anúncios no exterior.