A história está cheia de exemplos de empresas líderes que retrocederam a ponto de desaparecer ou, no mínimo, serem forçadas a uma completa reinvenção. Chamamos a essas empresas de dinamicamente conservadoras.
O que faz com que empresas referência tomem rumo tão desastroso? É simples: a letargia e conservadorismo trazidos pelo sucesso. A empresa nasce, desenvolve produtos ou serviços inovadores e, a partir daí, é tomada pelo medo de correr riscos. A prioridade passa a ser continuar fazendo o que está dando certo, a fim de perpetuar os bons resultados. Empresas caem nessa armadilha porque se esquecem de que foi exatamente sua capacidade de inovar e correr riscos que as fez evoluir. Ao adotar essa postura conservadora, se esquecem de que os caminhos que asseguram sucesso futuro quase nunca são os que trouxeram a prosperidade presente e, assim, caminham inexoravelmente para o abismo.
Lembre-se dessa importante lição quando estiver planejando o futuro do seu empreendimento. A busca pela inovação deve ser constante. Em um mercado cuja única lógica é a irracionalidade e onde a única certeza é a mudança, dormir sobre as vitórias conquistadas pode ser a receita para o fracasso.
É com esse espírito que me despeço deste espaço. Passo para a iniciativa privada e tiro projetos pessoais do papel, levando a certeza, adquirida nos meus 20 anos de Sebrae, de que o empreendedorismo é o melhor caminho para o desenvolvimento. Continuarei escrevendo sobre o tema em www.allancosta.com.
*Allan Marcelo de Campos Costa deixou a diretoria do Sebrae-PR nesta semana. Vitor Roberto Tioqueta passa a ocupar o espaço na entidade e como colunista de Empreender-PME.