Atualmente se fala muito sobre venture capital. Apesar de embrionária, a cultura de investimento de risco tem crescido bastante no Brasil. Certamente é um componente importante para o ambiente empreendedor de alto impacto, mas há algumas armadilhas.

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A primeira, e mais relevante, é que o dinheiro não é a parte mais importante. Três pontos devem ser analisados quando se negocia com um investidor: conhecimento de gestão e know-how no setor; rede de relacionamento; e dinheiro. Quando há equilíbrio entre as três coisas, a probabilidade de sucesso do empreendimento é muito grande.

A segunda armadilha é colocar foco na captação de recursos. A maioria dos empreendedores, especialmente de startups, dedica muita energia na prospecção e negociação com investidores, antes mesmo de ter contato com clientes. O tempo passa, o dinheiro acaba e não há vendas – game over. Para minimizar esse risco, é necessário inverter a lógica. Primeiro vender, para ter fluxo de caixa positivo, e depois levantar capital para crescer.

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Finalmente, é muito arriscado levantar capital para equilibrar o fluxo de caixa. Dinheiro de investidor não deveria ser usado para resolver problemas, mas sim como combustível do crescimento. Em geral esse é um dilema que empresas de médio porte enfrentam, principalmente aquelas que cresceram de forma desestruturada.

Conclusão: levantar capital deve ser consequência de bom desempenho empresarial, nunca deve ser foco do empreendedor e o dinheiro deve ser usado para turbinar o crescimento.

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