Anualmente, milhares de jovens brasileiros deixam as universidades rumo ao mercado de trabalho. O sonho da maioria, há 20 anos, era seguir uma carreira como funcionário em uma grande corporação ou passar num concurso público.

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Hoje, a busca por estabilidade cedeu espaço a uma espécie de inquietação entre os jovens, um desejo de ser dono do próprio nariz e destino, conquistar independência econômica sem ter patrão. É cada vez maior o número de recém-formados que decidem ser empresários.

Pesquisa da Endeavor de 2012 revela que 60% dos estudantes brasileiros pensam em abrir uma empresa no futuro, mas somente 44% deles têm disciplina ligada ao tema nos estabelecimentos de ensino onde estudam e 38% gastam tempo para aprender a abrir um negócio, permanece atual.

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Os dados do estudo reforçam, mais uma vez, o entendimento de que apostar em educação empreendedora – do ensino fundamental à universidade – é uma alternativa viável na preparação dos empresários do futuro. Uma oportunidade de aprender (e por que não errar) na sala de aula, o que no mundo real pode representar o fim do sonho empreendedor.

O Sebrae deu um passo importante neste sentido ao abrir em 2013 um edital nacional para estimular, nas instituições de ensino superior, a implantação de projetos para a disseminação do empreendedorismo, seja como disciplina da grade curricular, como filosofia, como objeto de grupos de estudos.

O Paraná saiu na frente e foi o segundo estado brasileiro com o maior número de faculdades e universidades, 17 ao todo, que tiveram projetos aprovados. Em dois anos, serão investidos R$ 2,4 milhõesno estado, 68% de responsabilidade do Sebrae e o restante aportado pelas próprias instituições de ensino superior.

A ação, que visa tornar a educação empreendedora algo mais palpável, vai atender aproximadamente 30 mil estudantes paranaenses. Um importante passo que se refletirá no amanhã.

Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae-PR

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