Negócio tem de se manter sozinho
Investimento, margem de lucro e prazo de retorno. Assim como empresas tradicionais, esses mesmos itens devem estar presentes nas planilhas de empreendedores sociais.
A diretora de projetos da Aliança Empreendedora, Alexandra Meira, explica que um empreendimento social não deve se manter com base em captação de recurso, mas sim vendendo um produto ou serviço que seja comprado e gere lucro. "O empreendedor precisa observar se atendendo àquela demanda social haverá sustentabilidade para a empresa se manter", pondera.
Ao resolver um problema social, o negócio deve dar o retorno esperado, e sua capacidade de gerar lucro deve ser medida pelo empreendedor social. "Tanto uma empresa tradicional quanto uma social surgem com o objetivo de solucionar um problema. Ao entrar no mercado, os negócios sociais têm que sobreviver e crescer", salienta Carolina de Andrade, coordenadora do Social Good Brasil.
Uma oportunidade de negócio pode estar em um mercado mal atendido, reflexo de que há espaço para uma empresa entrar em campo para oferecer uma solução ao problema. Uma pizzaria é aberta para, basicamente, ser uma solução para quem está com fome e não quer cozinhar. E no caso da poluição de rios, da destinação errada do lixo ou da má qualidade das escolas: há oportunidades? Sim. E esses são temas férteis para outros empreendedores, aqueles que investem em um negócio social.
Empreendedor social é aquele que obtém lucro ao ajudar a resolver um problema social, econômico ou ambiental no caso do Brasil, há ainda muitas oportunidades. "O empreendedor deve perceber os gaps sociais no mercado, que podem revelar boas oportunidades de negócio, para que, contribuindo com a solução do problema, o empreendedor possa obter um retorno financeiro", ressalta Carolina de Andrade, coordenadora do Social Good Brasil, programa de apoio para inovações sociais com base na tecnologia e novas mídias.
Voluntários
Um empreendimento que surgiu da análise de um problema social é o Atados, plataforma virtual que conecta voluntários a entidades que precisam de ajuda. A empresa foi lançada em São Paulo, no fim do ano passado, e chega agora a Curitiba o lançamento aconteceu na última sexta-feira (21), na capital paranaense.
Brian Baldrati, fundador da Atados em Curitiba, explica que a ideia surgiu depois que os empreendedores constataram que as pessoas querem ser voluntárias, mas não sabiam como. "A intenção é ser um canal para fazer trabalho voluntário, em que o interessado possa filtrar as vagas de acordo com o tema de interesse e a região", ressalta.
O Atados chega à capital paranaense com 30 entidades cadastradas e 60 vagas abertas a base paulista já tem cerca de 250 vagas e 200 ONGs inscritas. Outra ação do empreendimento é oferecer um serviço semelhante a uma consultoria a empresas que querem dar chance aos funcionários se voluntariarem. "É um tema de interesse das corporações, que estão antenadas a questões relacionadas à responsabilidade social", salienta.
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