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O governo espanhol analisava neste sábado (09) o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) que calcula em 40 bilhões de euros o capital necessário para os bancos do país, mas afirmou que aguarda o resultado da reunião do Eurogrupo para fazer um pronunciamento sobre um eventual pedido de ajuda.

"Há uma reunião, foi convocada em Bruxelas", declarou à AFP uma fonte governamental.

"Estamos analisando o documento do FMI e estamos aguardando a reunião do Eurogrupo", completou.

Madri havia anunciado que desejava esperar o relatório do FMI e o resultado de uma auditoria independente de seus bancos antes de tomar uma decisão sobre um pedido de resgate. Uma fonte do ministério da Economia afirmou durante a manhã que a posição não foi alterada.

O relatório do FMI, previsto para ser divulgado na segunda-feira, mas revelado na noite de sexta-feira, afirma que os bancos espanhóis precisam de pelo menos 40 bilhões de euros de recapitalização.

Mas a auditoria, executada pelo alemão Roland Berger e o americano Oliver Wyman, só será entregue ao governo espanhol em 21 de junho.

Os ministros das Finanças da Eurozona participarão neste sábado às 16H00 (11H00 de Brasília) em uma conferência telefônica sobre a Espanha. Analistas acreditam que durante a reunião o governo espanhol solicitará ajuda para recapitalizar o setor bancário.

Uma fonte do governo espanhol afirmou que o relatório do FMI é positivo porque limita o problema do setor financeiro a 30%, que corresponde às instituições que já receberam ajuda ou foram nacionalizadas.

A Espanha está sob forte pressão para pedir um plano de resgate europeu para seus bancos. O mercado, impaciente, deseja uma solução antes das eleições na Grécia, em 17 de junho, por temer um contágio da crise grega.

O presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, afirmou que a Espanha deve solicitar ajuda se considerar necessário.

A possibilidade de um pedido de resgate de Madri demonstra o fracasso das políticas de austeridade para resolver a crise da dívida na Europa, afirmou neste sábado Alexis Tsipras, líder do partido de esquerda Syriza, um dos favoritos para as eleições gregas.

"Os acontecimentos na Espanha confirmam o que falamos desde o princípio", declarou Tsipras, 37 anos, ao jornal Avgi.

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