As ações de estatais e de bancos sobem com força nesta segunda-feira (13) e impulsionam a Bolsa brasileira, após pesquisa mostrar vantagem do candidato Aécio Neves (PSDB) em relação à presidente Dilma Rousseff (PT) e com o apoio da ex-senadora Marina Silva (PSB) ao tucano, afirmam analistas.
O otimismo no exterior, após a divulgação de dados favoráveis da balança comercial da China, também ajuda o mercado acionário brasileiro, com destaque para a forte alta dos papéis da mineradora Vale.Às 10h34, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, subia 3,62%, a 57.316 pontos.
No horário, 68 ações listadas no Ibovespa subiam, uma caía e uma mantinha-se inalterada.
Entre os papéis do índice, as ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, tinham a maior alta nesta segunda-feira. Às 10h25, os papéis subiam 6,74%, a R$ 21,37. As ações ordinárias da petrolífera, com direito a voto, subiam 6,57%, a R$ 20,11, no mesmo horário.
Outras estatais também têm desempenho positivo nesta sessão. Os papéis do Banco do Brasil subiam 5,03% às 10h26, para R$ 31,72. As ações preferenciais da Eletrobras tinham alta de 4,17%, a R$ 10,23, e as ordinárias avançavam 3,85%, a R$ 7, às 10h27.
Os bancos sobem nesta segunda. Os papéis do Itaú Unibanco tinham valorização de 3,99%, a R$ 36,74, às 10h28. As ações do Bradesco subiam 4,01%, a R$ 37,78, no mesmo horário.
Para analistas, a alta se deve, em parte, à pesquisa Sensus divulgada no sábado (11) e que mostrou o candidato Aécio Neves à frente de Dilma. De acordo com o levantamento, o tucano teve 52,4% das intenções de voto, enquanto Dilma foi preferida por 36,7% dos entrevistados. Brancos, nulos e indecisos somaram 11% na pesquisa, que tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Ao considerar apenas os votos válidos, descontados os brancos e nulos, a pesquisa aponta Aécio com 58,8% e Dilma com 41,2%, uma diferença de 17,6 pontos percentuais
Ainda no cenário doméstico, merece destaque também a previsão de economistas para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. Após 19 semanas em queda, a estimativa do mercado para o crescimento da economia brasileira neste ano voltou a subir, segundo o boletim Focus, do Banco Central.Economistas ouvidos pela instituição elevaram a perspectiva de alta do PIB neste ano a 0,28% contra 0,24% na consulta anterior. Para o ano que vem, a projeção permaneceu em 1%.
Apesar do ligeiro aumento para a estimativa deste ano, a taxa ainda está próxima do que espera organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), que na semana passada reduziu sua projeção para o Brasil de 1,3% para 0,3% -ritmo bem abaixo do estimado para emergentes em geral (4,4%) e mundial (3,3%).
No exterior, dados da balança comercial chinesa ajudam a impulsionar as Bolsas europeias nesta segunda. O forte desempenho comercial da China em setembro pode reduzir as chances de uma agressiva ação de política monetária como um corte da taxa de juros, mas as perspectivas de um prolongado declínio do setor imobiliário sugerem que mais medidas ainda são necessárias para sustentar a economia.
As exportações subiram 15,3% em setembro contra o ano anterior e aceleraram ante a alta de 9,4% de agosto.
As importações avançaram 7% em termos de valor, contra estimativa de queda de 2,7%, o que teria sido o terceiro declínio seguido.
As importações de minério de ferro se recuperaram para atingir o segundo nível mais alto do ano e as importações mensais de petróleo bruto avançaram para segundo maior nível já registrado.Às 10h33, as ações preferencias da Vale subiam 3,56%, a R$ 23,80, enquanto as ordinárias avançavam 3,84%, a R$ 27,26.
Dólar
No mercado cambial, o dólar opera em baixa em relação ao real, em linha com as principais moedas de emergentes.
Às 10h34, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, caía 0,67%, a R$ 2,391. No mesmo horário o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, recuava 1,32%, a R$ 2,392.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, oferecendo 4.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Foram vendidos 2.000 contratos para 1º de junho e 2.000 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,3 milhões.
Também hoje o BC fará mais um leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro, que equivalem a US$ 8,84 bilhões, com oferta de até 8.000 contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 36% do lote total.