Mantido pela Fundação Itai­guapy, entidade sem fins lucrativos, o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, é referência no Oeste do estado nas áreas de oncologia, cardiologia e obstetrícia. Hoje, 60% dos pacientes atendidos são custeados pelo Sistema Único de Sáude, e a estratégia para cobrir a defasagem nos repasses está centrada justamente nessas complexidades médicas. "Ser referência em uma ou outra especialidade alavanca toda a estrutura do hospital", diz o diretor administrativo e financeiro Rogério Böhm.

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Até 2011 o hospital pretende investir cerca de R$ 8 milhões na reforma e ampliação da atual estrutura e na compra de equipamentos de ponta. "Antes, muitos pacientes saíam daqui para procurar os serviços em Cascavel, Londrina e Curitiba. Nos últimos seis anos temos visto o contrário." Outros R$ 3 milhões foram investidos em um novo centro médico, com 42 consultórios, que deve ser inaugurado em novembro. "O retorno desses investimentos tem ajudado a manter as contas equilibradas. Esse será o terceiro ano consecutivo que fecharemos com superávit."

Norte Pioneiro

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O maior hospital privado de Maringá, o Santa Rita, apostou pesado em investimentos voltados para o setor de cardiologia e criou o primeiro pronto socorro com essa especialidade na região. De acordo com o diretor do hospital, Hiran Castilho, US$ 3 milhões serviram para adquirir os equipamentos de hemodinâmica e tomografia, necessários para deixar Maringá na vanguarda do setor. Com isso, diz o diretor, o Santa Rita se tornou o único hospital do Brasil a realizar o exame de angiotomografia coronariana por meio de telemedicina. "O paciente conversa com os médicos em São Paulo como se estivessem todos na mesma sala. O equipamento permite reduzir de 48 para 2 horas o tempo de diagnóstico", diz. "O paciente fica sabendo na hora se vai precisar de cirurgia, de angioplastia ou se pode ir para casa", explicou.

Segundo Castilho, os grandes investimentos estão ligados à consolidação do mercado de saúde no Brasil, tanto no que se refere a grupos hospitalares quanto aos planos de saúde. "Os grandes grupos estão engolindo os menores."

Ponta Grossa

Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, dos nove hospitais existentes, pelo menos um é exclusivo para atendimento privado – o Hospital Geral Unimed (HGU), aberto no fim de 2007 e hoje ligado à cooperativa Unimed. A empresa investiu R$ 15,1 milhões nos últimos dois anos e meio para equipá-lo. A gerente hospitalar, Rosilene Gomes, comenta que a demanda é crescente. "Não sabemos se os outros hospitais tiveram um decréscimo ou se nós é que tivemos um aumento, mas o fato é que estamos vendo resultado dos investimentos feitos." O hospital ampliou suas operações e investiu R$ 5,6 milhões em máquinas e equipamentos hospitalares.

O hospital Vicentino, ligado ao grupo São Camilo e referência em ortopedia, está investindo R$ 2,5 milhões na aquisição de um equipamento de ressonância magnética. A aquisição segue o aumento do número de pacientes de convênios e de particulares. Apenas no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, o hospital faturou 15% mais, devido ao aumento de alas para atender a essa nova clientela. Dos 100 leitos, 20 são para convênios.

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