As exportações de petróleo do Brasil em maio somaram 2,30 milhões de toneladas, volume 34,7% menor que o total exportado no mesmo período de 2011, quando atingiram 3,53 milhões de toneladas.

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Em comparação ao mês anterior, em abril, também houve queda de 18,6%, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados nesta sexta-feira (1º).

Em termos financeiros, também houve queda da arrecadação com as vendas em maio, quando a receita com exportações de petróleo atingiu US$ 1,77 bilhão, valor 33,6% menor que o mesmo mês de 2011, quando chegou a US$ 2,68 bilhões.

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Frente à abril houve redução de 20,9%, quando o valor arrecadado atingiu US$ 2,25 bilhões.

Segundo o analista da corretora Geração Futuro, Lucas Brendler, a desvalorização do real frente ao dólar, e a queda dos preços do petróleo nas últimas semanas refletiram na redução do faturamento com as vendas de petróleo.

A queda dos embarques físicos é explicada, segundo o analista, pela deterioração do cenário econômico externo, que tem se mostrado cada vez mais adverso, com queda da demanda global da commodity.

"Há um desaquecimento da economia mundial e o cenário externo mudou bastante", disse. "Além disso, há uma sobreoferta conjuntural de petróleo do Oriente Médio, com países como a Arábia Saudita bombeando volumes recordes, ao mesmo tempo em que há uma retração da demanda, como a da China".

Fatores domésticos também influenciaram a queda, segundo o analista. Um desses fatores seria a mudança no perfil das refinarias brasileiras, que estão se modernizando e se adaptando para receber cada vez mais o petróleo pesado produzido na costa brasileira, e não o mais leve, importado.

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"As refinarias da Petrobras estão sendo preparadas para receber o produto local em vez do importado, o que impacta nas exportações".

Além disso, cogita-se que a estatal tenha acelerado os embarques físicos de petróleo no primeiro trimestre para obter um certo fôlego financeiro no período, disse Brendler.