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Bolsas

PIB fraco e alta do desemprego pelo mundo derrubam mercados

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta sexta-feira (1º) acompanhando as fortes perdas nos mercados internacionais. Investidores reagem a indicadores negativos divulgados pelo mundo, como a alta do desemprego nos Estados Unidos e na Europa, a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e a desaceleração da atividade econômica na China. O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, recuava 1,04%, aos 53.922 pontos, por volta das 13h20m. O dólar comercial marcava valorização de 1,04%, cotado a R$ 2,037 na compra e a R$ 2,039 na venda.

Em Wall Street, o Dow Jones, principal índice da Bolsa de Nova York, recuava 1,70%. O Nasdaq, termômetro do setor de tecnologia, perdia 2,14%. O índice S&P 500 registra perda de 1,90%.

O pessimismo internacional foi aprofundado por um indicador ruim do mercado de trabalho americano. O relatório de emprego dos EUA mostrou criação de 69 mil vagas em maio (menor resultado em um ano), ante expectativa de 155 mil. A taxa de desemprego passou a 8,2% no mesmo mês, ante projeção de 8,1%, a primeira alta desde junho do ano passado.

No mercado brasileiro, as principais contribuições negativas do Ibovespa eram a queda de 3,20% da OGX Petróleo ON, a R$ 9,99. Em seguida na escala de influência, Petrobras PN caía 1,52%, a R$ 18,89, e a Vale PNA recuava 1,52%, a R$ 36,14.

Com a baixa do pregão, o Ibovespa dá sequência as perdas de maio, quando o índice registrou queda de 11,9%, no pior mês desde o auge da crise financeira mundial, em outubro de 2008. No ano, a queda é de 4%.

Na Europa, as bolsas fecharam em quedas generalizadas. O índice alemão de Frankfurt recuou 3,42% e a bolsa de Paris sofreu revés de 2,21%. Londres caiu 1,14% e Madri, 0,41%.

Com o nervosismo em meio à piora das perspectivas para a economia global, a palavra de ordem nos mercados é fugir do risco proporcionado pelas ações e migrar para ativos considerados mais seguros, como títulos da dívida dos Estados Unidos e da Alemanha. Diante da forte procura dos investidores, o juro dos títulos com vencimento em dez anos da Tesouro americano caiu abaixo da marca de 1,5%, pela primeira vez na história.

O papel de 30 anos atingiu 2,508%, aproximando-se da mínima recorde de 2,505% cravada em dezembro de 2008, meses após a derrocada do Lehman Brothers.

O juro do título de dez anos da dívida do governo da Alemanha também renova mínimas históricas no mercado. Os juros dos títulos de dois anos do país chegaram a ser negociados em terreno negativo nesta sessão, evidenciando um cenário com investidores preparados para pagar somente pela proteção de seu capital.

Pessimismo

Na China, os dois índices de atividade industrial confirmaram que a maior economia da Ásia está se desacelerando mais rapidamente do que o esperado. O chamado Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial caiu de 53,3 em abril para 50,4 em maio e o calculado pelo HSBC passou de 49,3 para 48,4.

Na Europa, o PMI caiu para 45,1 em maio, o menor nível em quase três anos. Na zona do euro, a taxa de desemprego bateu em 11%, enquanto o número total de desempregados alcançou recorde de 17,405 milhões, em um sinal de que o quadro econômico no bloco está longe de melhorar.

PIB brasileiro

Além do desânimo provocado por dados do exterior, a atividade econômica brasileira, medida pelo desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 0,2% nos primeiros três meses deste ano na comparação com os últimos três meses de 2011.

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