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Finanças pessoais

Como poupar desde cedo para pagar os estudos dos filhos no futuro

 | MARCELO ELIAS/Arquivo Gazeta do Povo

Chega crise, sai crise, uma coisa é certa: quem planejar as contas e poupar desde cedo terá melhor chance de proporcionar educação de qualidade aos filhos. Economizar para os estudos, seja em uma faculdade, curso técnico ou intercâmbio no exterior pode representar a divisória entre a formação nas melhores universidades e se conformar com um diploma de instituição de menor reconhecimento – além de reduzir, em alto grau, o trauma de encarar mensalidades que costumam passar de R$ 2 mil.

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“Quanto antes começar a fazer essa economia, melhor”, aponta o consultor financeiro Adriano Severo. “Se começarem a poupar cedo, os pais poderão guardar um valor baixo todo mês, que irá se tornar expressivo quando chegar o momento de pagar a faculdade.”

Em razão dos outros gastos naturais de uma família com saúde, residência e lazer, a economia com estudos não precisa começar, necessariamente, no nascimento do filho, mas é importante que ocorra ainda na infância, sugere Adriano. Se os pais começarem a guardar dinheiro quando o filho tiver oito anos, para pagar um curso que custará um total de R$ 150 mil, terão de reservar R$ 885 todos os meses – uma conta salgada para a maior parte das famílias.

No entanto, se essa reserva se iniciar quando o filho tiver quatro anos, a reserva mensal cai para R$ 545. Longe de ser um valor baixo, também é bem abaixo do custo mensal que uma família teria de desembolsar se não fizesse a reserva. Uma providência sábia para os pais ou responsáveis é criarem outras reservas financeiras para evitar que tenham de mexer neste dinheiro para cobrir eventuais emergências.

“É possível abrir uma poupança no nome do filho, e essa é uma boa escolha para evitar que o dinheiro guardado se misture ao orçamento familiar ou a outras reservas financeiras da família”, aponta Adriano.

As melhores opções de investimento para guardar dinheiro para a educação dos filhos são aquelas de baixo risco e que protegem da desvalorização da inflação, avalia Fernando Baggio, diretor da L&S Capital. Um aporte inicial, logo que criar a poupança, é importante, pois multiplica o rendimento rapidamente. Fazer a reserva crescer mais do que a inflação é relevante porque, nos últimos anos, o custo da educação tem subido mais do que a média dos preços calculados pelo índice oficial do país, o IPCA.

“Recomendaria aplicação em títulos do Tesouro, que são opções de longo prazo e de baixo risco”, aponta. Embora existam investimentos mais rentáveis, nesse caso a segurança de papéis que superem a inflação e a previsibilidade do rendimento vêm em primeiro lugar.

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