O fluxo cambial, entrada e saída de moeda estrangeira do país, fechou setembro com superávit de US$ 2,044 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (8), maior volume desde abril passado, quando houve saldo positivo de US$2,783 bilhões. Em outubro até o dia 3, o fluxo ficou positivo em US$ 505 milhões. O desempenho do mês passado foi puxado tanto pela conta financeira -- por onde passam os investimentos estrangeiros direitos, em portfólio, entre outros --, quanto pela conta comercial.
A conta financeira fechou setembro com saldo positivo de US$ 1,022 bilhão, enquanto a conta comercial teve superávit de US$ 1,021 bilhão. No acumulado do ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 1,848 bilhão. Só na semana passada, segundo o BC, o fluxo cambial ficou negativo em US$ 1,012 bilhão.
O dólar teve em setembro a maior alta mensal sobre o real em três anos, de 9,33%, com investidores reagindo ao avanço da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição e é alvo de críticas do mercado financeiro, nas pesquisas de intenção de voto.
Parte desse avanço da moeda norte-americana evaporou em outubro, após Aécio Neves (PSDB), que promete uma política econômica mais ortodoxa, garantir uma vaga no segundo turno e aproximar-se de Dilma como nunca antes na campanha.
O BC informou também que os bancos tinham posição cambial vendida de US$ 17,163 bilhões em setembro, ante US$ 18,826 bilhões em agosto.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast