O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção das perdas agregadas no sistema financeiro norte-americano, oriundas do estresse em andamento no setor, de US$ 1,4 trilhão para US$ 2 2 trilhões. A informação foi passada pelo conselheiro do FMI, Jaime Caruana. O número foi divulgado na revisão do Relatório de Estabilidade Financeira Global (GFSR, na sigla em inglês).
As perdas de US$ 2,2 trilhões englobam baixas contábeis, prejuízos com diversos instrumentos financeiros que não aparecem nos balanços das companhias e perdas registradas por instituições como hedge funds.
O FMI destacou que apenas os bancos dos Estados Unidos e Europa precisam levantar juntos "pelo menos" meio trilhão de dólares para evitar maior deterioração da posição atual de capital líquido destas instituições, uma vez que as baixas contábeis, entre 2009 e 2010, podem resultar em uma queda de capital também do mesmo tamanho. Segundo o FMI, "os bancos (nos EUA e Europa) vão precisar de mais capital ainda à medida que as perdas esperadas continuam a aumentar".
Os riscos à estabilidade financeira aumentaram desde outubro de 2008, quando havia sido divulgado o GFSR anterior. Apesar das políticas implementadas em escala global, o Fundo estima que o sistema financeiro mundial permanece sob estresse intenso. Ainda a piora das condições econômicas está produzindo novas e amplas baixas contábeis para as instituições financeiras.
O FMI continua destacando a necessidade de mais ações agressivas tanto por governos quanto por participantes dos mercados, para garantir que o processo de desalavancagem, considerado necessário, seja menos desordenado. O Fundo também acredita que é necessária cooperação internacional para garantir coerência das políticas implementadas.
Em relação à projeção anterior para as perdas agregadas, o FMI diz que "muito da deterioração ocorreu na parte de marcação a mercado em nossas estimativas, especialmente em títulos corporativos e do setor imobiliário comercial, mas a degradação também está ocorrendo nos registros ligados a financiamentos de bancos, refletindo enfraquecimento da perspectiva para a economia". Ainda, o setor corporativo enfrenta desafios adicionais com queda de receita à medida que a economia global desacelera.
O diretor-adjunto do Departamento Monetário e de Mercados de Capital, Jan Brockmeijer, ressalta a necessidade de uma ação rápida em três arenas para limpar as perdas nos balanços das instituições financeiras: provisão de liquidez, injeção de capital e o descarte de ativos problemáticos.
Como a PF costurou diferentes tramas para indiciar Bolsonaro
Cid confirma que Bolsonaro sabia do plano de golpe de Estado, diz advogado
Problemas para Alexandre de Moraes na operação contra Bolsonaro e militares; assista ao Sem Rodeios
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast