Depois da pior semana vivida pelos mercados desde a quebra do Lehmann Brothers, em 2008, as bolsas no Brasil e nos Estados Unidos esboçaram uma reação na sexta-feira, depois que os chefes de governo do G-7 convocaram uma reunião de emergência - para tentar evitar uma nova recessão - e o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, anunciou novas medidas de austeridade. Dados melhores no mercado de trabalho nos EUA também ajudaram. Com os mercados já fechados, a reação não teve tempo de reverter a queda das bolsas europeias e asiáticas.
A reunião dos países ricos foi anunciada após conversa telefônica entre os chefes de governo de Franca, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e o presidente do Conselho da Europa. A decisão, porém, foi de limitar o encontro aos países ricos, rompendo uma prática desde a eclosão da crise mundial de chamar à mesa os países emergentes, como o Brasil, para buscar soluções para crises internacionais. O G-20 não foi convocado.
O dia de sexta foi de volatilidade em todo o mundo e de mais quedas nas bolsas europeias, diante dos temores em relação à incapacidade de Itália e Espanha pagarem suas dívidas. O mercado apenas respirou aliviado por alguns instantes com os dados do desemprego americano, melhores que o esperado. A taxa de desemprego caiu para 9,1% em julho, de 9,2% em junho, e foram criados 154 mil empregos.
No Brasil, a Bovespa fechou em alta de 0,26%. Nos Estados Unidos o índice Dow Jones fechou com alta de 0,54%. Mas o temor de uma nova recessão e de um contágio da crise na Europa prevaleceu, pelo menos nas bolsas europeias, que fecharam com fortes quedas. Frankfurt recuou 2,78%; Londres, 2,71%; e Paris, 1,26%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast