Os ministros de Finanças do G7 prometeram nesta sexta-feira (09) dar uma resposta coordenada à desaceleração na economia global, mas não deram detalhes e diferiram na ênfase sobre a crise de dívida na Europa.

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Os Estados Unidos pressionaram as maiores economias da Europa a darem um "inequívoco" suporte financeiro aos Estados mais fracos da zona do euro, para superarem uma crise de dívida que está ameaçando a recuperação da economia global. A Alemanha, contudo, ressaltou que a prioridade é cortar os déficits.

Em "termos de referência" acertados de modo conjunto após horas de conversas na cidade portuária francesa de Marselha, os ministros de Finanças do G7 e presidentes de bancos centrais não sinalizaram nenhuma mudança na política para tentar reavivar a fraca recuperação.

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"Nós nos reunimos nesse momento de novos desafios... para o crescimento, déficits fiscais e dívida soberana. Há agora sinais claros de uma desaceleração do crescimento global. Estamos comprometidos com uma forte resposta coordenada a esses desafios", informou o comunicado do grupo.

"Devido à natureza ainda frágil da recuperação, precisamos percorrer o difícil caminho de alcançar planos de ajuste fiscal, ao mesmo tempo em que damos suporte à atividade econômica, levando em conta diferentes circunstâncias nacionais", disseram, numa tentativa de traçar um plano que concilie austeridade e crescimento.

Mas, o breve comunicado não trouxe nada de novo. Segundo uma fonte do governo alemão, o documento foi redigido apenas pela insistência da anfitriã França, para tentar acalmar os nervos do mercado.

"Nós temos de abandonar a ideia de que há uma única solução para todos... Não é rigor (austeridade) versus crescimento", afirmou o ministro das Finanças francês, François Baroin, em coletiva.

Ainda assim, houve claramente uma diferença de tom entre o pedido do secretário de Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, por mais ajuda aos países europeus com elevada dívida e a ênfase dada pelo ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, sobre cortar elevados déficits.

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"Não acho que as pessoas estão esperando um grande acordo e certamente o G7 parece não estar muito no caminho de uma ação concreta", disse o estrategista-chefe da Forex.Com, Brian dolan, em Nova Jersey.