Se o contrato assinado entre Brasil e Bolívia for respeitado, o preço do gás importado pela Petrobras poderá subir cerca de 10% em 1 de julho, afirmou ao GLOBO um técnico do governo. Este é o cálculo com base na cesta de óleos, a preços internacionais, que orienta os aumentos trimestrais previstos no acordo que regula a compra e a venda. Isso significaria reajustar de US$ 3,60 para quase US$ 4 o milhão de BTU (unidade de medida internacional do gás). O último reajuste foi em 1 de abril e ficou na casa dos 8%. A Bolívia agora pede 61% de aumento — ou cerca de US$ 2.

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— Não é verdade que o preço do gás está descolado do preço do petróleo — disse o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, que participou ontem de audiência pública no Senado sobre a Bolívia.

Ele disse que em 1999, quando começou o fornecimento do gás da Bolívia, o preço era de US$ 0,90. A variação do preço do petróleo do início da operação até agora foi de 270%, enquanto o preço do gás natural subiu 311%. Sobre os preços para consumidores como taxistas e indústrias, Rondeau disse que serão "calibrados pelos preços internacionais".

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— Nem sempre vai ser isto, o taxista do Rio pagando um terço do preço da gasolina.

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que o preço não depende apenas da estatal. Ele destacou que as distribuidoras estabelecem suas margens de lucro. (Mônica Tavares e Eliane Oliveira)