O governo brasileiro deverá adotar no próximo ano novas medidas para proteger a indústria nacional dos efeitos da crise externa, disse nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "A indústria vai ter um desempenho melhor no ano que vem do que neste ano, porque teremos as medidas do Brasil Maior, teremos novas desonerações e tomaremos medidas de defesa comercial", disse Mantega em encontro com jornalistas, sem dar detalhes. Para Mantega, a crise econômica internacional tirou de 0,5 a 1 ponto percentual do crescimento do país este ano, admitindo que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) pode ficar em 3,0 por cento em 2011. "Mas a gente acha que vai ser um pouco mais, entre 3,0 e 3,5 por cento." Para 2012, segundo o ministro, o crescimento "deve ficar em torno de 4 por cento se a crise internacional continuar complicada. Mas, ponderou, "se os europeus encontrarem uma saída, podemos chegar a 5 por cento." Questionado que o Banco Central está prevendo crescimento menor este ano e no próximo, Mantega disse que a projeção do BC "é mais precisa com a inflação, nós somos mais precisos com o crescimento." O argumento dele é que o BC faz os cenários para projeções com câmbio e juros fixos, enquanto a Fazenda está usando um câmbio mais favorável e juros em queda. O Relatório Trimestral de Inflação do BC divulgado nesta manhã mostra uma previsão de crescimento de 3,0 por cento este ano e de 3,5 por cento em 2012. Sobre a inflação, o BC projeta 6,5 por cento em 2011, no teto da meta oficial, mas com 54 por cento de que esse teto possa ser ultrapassado. Mantega, porém, foi taxativo sobre essa possibilidade. "A inflação não vai estourar a meta de jeito nenhum." Segundo ele, o governo tem um contrato com a Fundação Getúlio Vargas para a medição da inflação mensal a cada dia e a taxa na quarta-feira estava em 0,37 por cento. Para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), se o IPCA de dezembro subir até 0,50 por cento, a meta de inflação será cumprida.

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