O governo do Estado de São Paulo, acionista controlador da geradora de energia Cesp, poderá rever a posição de não renovar as concessões das hidrelétricas da companhia, caso o governo federal altere a proposta, informou o secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal.
Aníbal falou com jornalistas antes de reunião com o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, nesta terça-feira (4).
"Os acionistas tomaram uma posição sobre o que está proposto. Agora, se houver uma proposta adicional, seja com relação à remuneração, seja com relação à operação e manutenção, seja com relação à energia já vendida, tem hipóteses. Vamos conversar", disse Aníbal.
A contabilidade da Cesp aponta para R$ 7,2 bilhões em investimentos não depreciados nas hidrelétricas Ilha Solteira, Jupiá e Três Irmãos - sujeitas à renovação das concessões proposta pela União. O governo federal ofereceu R$ 1,8 bilhão de ressarcimento por ativos não amortizados nessas três usinas.
Na segunda-feira (3), os acionistas da Cesp decidiram pela não renovação das concessões das hidrelétricas da empresa nos moldes propostos pelo governo federal, seguindo recomendação do Conselho de Administração.
As ações da Cesp reagiram bem à negativa da empresa e subiram 8,9% na segunda-feira. Nesta sessão, os papéis da companhia recuavam 1,79% às 12h38, enquanto o Ibovespa operava perto da estabilidade.
Sem renovar as concessões, a Cesp garante o fluxo de caixa nos níveis atuais até o vencimento dos contratos vigentes para as usinas de Ilha Solteira e Jupiá, em 2015. A usina Três Irmãos cuja concessão expirou em 2011, terá que ser devolvida à União.
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