O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou a empresários nesta quarta-feira (16) que o governo tem "bala na agulha" para lançar novos incentivos para garantir o crescimento da economia. Esse relato foi fornecido por executivos que participaram de encontro com Mantega na sede do ministério, em Brasília. A reunião contou com a presença de dirigentes do varejo e da indústria.

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O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, disse que a expectativa para o setor é de aumento nas exportações e queda nas importações, por causa da alta recente do dólar. Afirmou também que não existe expectativa de repasse da variação cambial para os preços.

Barbato contou que o ministro procurou ouvir os representantes de todos os setores presentes na reunião e prometeu mais medidas econômicas. "O ministro disse que o governo tem bala na agulha para o que for necessário", afirmou o dirigente da Abinee.

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O presidente da Associação Nacional dos Comerciantes de Materiais de Construção (Anamaco), Cláudio Elias Conz, disse que o ministro sinalizou que continuará insistindo na questão do crédito. "Os bancos estão segurando o crédito e ninguém está encontrando essa redução dos juros", afirmou o executivo.

Conz repassou ao ministro a informação de que abril não foi um bom mês para o setor, mas que em maio foi verificada uma relativa melhora. A Anamaco pediu novamente para entrar na regra da desoneração da folha salarial. Para esse pedido, o ministro respondeu que "isso depende da questão fiscal". Segundo o executivo da construção, Mantega manifestou preocupação com a situação na Europa e disse que, para o Brasil, "a opção do ministério é pelo crescimento".

O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, relatou ao ministro que abril não foi um mês tão forte nas vendas, mas maio "está indo bem". Disse, ainda, que o dólar está ajudando o setor, principalmente no caso de portáteis, como ferros de passar e liquidificadores. Kiçula afirmou ainda que pedirá ao governo, mais para frente, a prorrogação da redução de imposto para a linha branca, prevista para acabar em junho. A medida elevou as vendas desses produtos em quase 20% no primeiro trimestre, de acordo com a Eletros.

Participaram da reunião, conforme lista divulgada pelo Ministério da Fazenda, além dos dirigentes da Abinee, Anamaco e Eletros, representantes da Abit (têxtil), Abras (supermercados), IDV (desenvolvimento do varejo), Abramat (material de construção) e executivos do grupo Pão de Açúcar, Walmart, Via Varejo e da empresa Whirlpool.

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