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Curitiba

Greve dos bancários completa duas semanas e provoca fila em postos do Banco Popular

A greve dos bancários completou duas semanas nesta terça-feira (21) e fechou 158 agências bancárias em Curitiba e região metropolitana, segundo levantamento do sindicato da categoria. Com a paralisação, quem precisou de atendimento teve de enfrentar filas nos correspondentes bancários. Nos postos do Banco Popular, que realizam as atividades do Banco do Brasil (BB), clientes esperaram até duas horas para serem atendidos.

Das agências fechadas, 99 eram da Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil. O restante é principalmente do Bradesco e HSBC. Doze centros administrativos - um do Bradesco, três da CEF, quatro do BB e quatro do HSBC - não abriram nesta terça-feira. Os clientes enfrentaram mais transtorno, pois em algumas agências nem o auto-atendimento funcionou.

A saída para quem precisava quitar faturas do Banco do Brasil foi usar os postos do Banco Popular. Na unidade localizada na Rua José Loureiro, no Centro de Curitiba, a fila foi longa durante todo o dia. Por volta das 15 horas, aproximadamente 50 pessoas aguardavam atendimento, muitos para pagar o Certificado de Registro e Licenciamento de veículos (CRLV). A cliente Dete Peseti aguardou duas horas na fila para conseguir quitar o débito.

Já Andréia Santos esperava para pagar a guia de recolhimento para a retirada do RG do filho. Ela disse que foi a segunda tentativa de pagar a fatura. Na segunda-feira (20) ela esteve no mesmo posto do Banco Postal e depois de esperar por mais de uma hora foi informada que o serviço estava suspenso, pois o sistema de computador estava fora do ar. "Meu filho precisa do documento para a rematrícula. Se eu não esperar, ele perde a vaga na escola", conta.

Com a greve, aumentou também a procura de serviços bancários nas casas lotéricas. Na semana passada houve uma pane nacional no sistema da CEF, que deixou sem atendimento as lotéricas. O atendimento voltou ao normal no mesmo dia.

Negociação

Em assembléia na noite desta terça-feira, os bancários decidiram manter a greve em Curitiba e região metropolitana. Até as 19h, quando aconteceu a reunião, não havia resposta sobre o encontro entre os sindicalistas e a Federação Brasileira de Bancos (Fenaban) em São Paulo. Uma nova assembléia sobre os rumos da paralisação deve acontecer as 18 horas de quarta-feira (22).

Interior

A mobilização dos bancários começou a perder força na região Oeste do estado. Em assembléia realizada na manhã desta terça-feira, os trabalhadores de bancos privados das cidades de Foz do Iguaçu, Medianeira e Santa Helena decidiram suspender a paralisação por tempo indeterminado e aguardar no trabalho uma nova proposta da Fenaban.

Ao todo, Foz do Iguaçu e região possuem 16 unidades de bancos privados, que representam 35% das 45 agências da cidade. Até a segunda-feira (20), todas as agências estavam paralisadas, segundo o Sindicato dos Bancários de Foz do Iguaçu. A entidade não soube informar o número de funcionários que estão com os braços cruzados nas 16 agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal nesta terça-feira.

ReivindicaçõesA última proposta apresentada pelos bancos, e que foi rejeitada pelos trabalhadores na quinta-feira (16), previa dois índices diferentes para reajuste. Para os trabalhadores que têm salários até R$ 1,5 mil, o reajuste seria de 9%. Para quem recebe acima deste valor, o índice ficaria em 7,5%.

Os bancários reivindicam aumento salarial de 13%, sendo 8% de perdas com inflação e 5% de aumento real. Eles também pedem mais investimentos dos bancos em segurança nas agências e imediações, mais contratações, aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dentre outras reivindicações.

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