Paralisação
Nos últimos três anos, o maior tempo de paralisação foi em 2011, quando a greve durou 20 dias.
2010Tempo de greve: 15 diasReivindicação: 11% de reajusteProposta: 4,29%Conquista: 7,5%, sendo 3,8% de ganho real
2011Tempo de greve: 20 diasReivindicação: 12,8% de reajusteProposta: 6%Conquista: 9%, sendo 1,5% de ganho real
2012Tempo de greve: 9 diasReivindicação: 10,5% de reajusteProposta: 6%Conquista: 7,5%, sendo 3% de ganho real
2013Reivindicação: 11,9%, sendo 5% de ganho realProposta: 6,1%
Fonte: SEEB Curitiba e FEEB-PR.
Cobertura interativa
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Correios planejam mutirão para evitar que greve atrase entregas
Os Correios no Paraná devem fazer um mutirão neste fim de semana para colocar em dia entregas que podem atrasar em razão da greve dos funcionários da empresa. A informação foi repassada pela assessoria da entidade nesta quinta-feira (19), dia em que a paralisação estadual entra no segundo dia
Negociação
Os bancários reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real; maior participação sobre lucros e resultados; "fim das metas abusivas" - exigências de mínimo de venda de produtos do banco por seus funcionários; e fim do processo de terceirização nas agências.
Eles reivindicam um piso salarial de R$ 2.860,21, valor calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) como sendo o mínimo para que o trabalhador possa pagar suas despesas básicas e de sua família. A proposta dos bancos é 6,1% de reajuste salarial, mantendo a mesma fórmula de participação nos lucros.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou, em nota, que a "categoria dos bancários tem canais de debates inéditos no País, com mesas temáticas importantes para negociações permanentes, como condições de trabalho, igualdade e oportunidades, saúde, segurança, entre outros." A entidade reforça que ofereceu piso de R$ 2.183,36 para jornada de seis horas e que a negociação precisa ser norteada pelo fato de a economia estar "num ritmo mais lento". A organização relata que permanece aberta a negociações.
A greve dos bancários deflagrada nesta quinta-feira (19) no Paraná impactou com menos força o fechamento de agências em Curitiba e região metropolitana. Em 2012, o movimento conseguiu, no primeiro dia de paralisação, interditar atividades em 212 agências, sendo que este ano, apenas 145 estão sem expediente o que representa uma redução de aproximadamente 31,6%. Apesar do cenário menos impactante na região de Curitiba esse ano, o número de agências fechadas no restante do estado superou em 49,3% o registrado na última paralisação. Enquanto esta greve já conseguiu fechar 230 das 1.059 agências existentes no interior do estado, no ano passado foram apenas 154.
Mesmo com o decréscimo no número de agências fechadas na capital e municípios metropolitanos, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região informou que ainda avalia como "muito positivo" os resultados do primeiro dia da paralisação do setor na região. Segundo o diretor da entidade Júnior César Dias, a grande adesão dos trabalhadores indica o bom andamento da greve.
"A quantidade de agências fechadas, comparando com o ano anterior, de fato teve redução, mas é importante considerar o número de bancários que estão parados. Já 68% dos bancários da nossa base estão paralisados em agências e centros administrativos aqui na região. E é normal o primeiro dia ter um número de adesão e, depois, uma ascensão nos demais dias", declarou o diretor.
Paraná
Contabilizando as agências de todo o Paraná, o que inclui as de Curitiba e RMC, a quantia de agências sem expediente também aumentou: são 375 este ano contra 366 em 2012.
Até às 15 horas desta quinta, 15.500 bancários já tinha cruzado os braços em todo o estado, sendo que desses, 11.500 são de Curitiba e região metropolitana.
Em todo o país, a greve dos bancários fechou 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos nos 26 estados e no Distrito Federal, segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). De acordo com a Contraf, são 1.013 unidades a mais que no primeiro dia da greve no ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%.
Em Curitiba, principais focos de agência fechadas estão no centro
Bancários de Curitiba e região metropolitana fecham agências e centros administrativos, nesta quinta-feira (19), em uma greve por tempo indeterminado.
Agências da capital não abriram as portas nesta manhã, conforme informações do sindicato que organiza os protestos.
Os principais focos estão no Centro, onde a maioria dos bancos estão fechados, Centro Cívico e Portão. Araucária, Campo Largo e São José dos Pinhais também já tiveram a paralisação de agências confirmadas.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana informou ainda que 13 centros administrativos amanheceram completamente paralisados. Do HSBC, as sedes Palácio Avenida (Boca Maldita), Xaxim, Kennedy e Vila Hauer fecharam. O Banco do Brasil não tem funcionamento nos prédios Palladium (Portão), Estação (dentro do Shopping Estação), Praça Tiradentes e no centro de São José dos Pinhais. Caixa Econômica tem sedes fechadas na Carlos Gomes e na Rua Conselheiro Laurindo. Os centro de administração do Bradesco estão fechados na Avenida Presidente Afonso Camargo e na Rua Marechal Deodoro. O Santander está com o trabalho prejudicado na Rua Marechal Deodoro.
Mais cedo, Júnior Cesar Dias, diretor do sindicato, previa que, ao longo do dia, agências mais distantes do Centro também fechassem. A expectativa da entidade é otimista quanto ao número de adeptos da greve. A entidade diz que de 10 mil a 12 mil trabalhadores de bancos na capital deve parar. Atualmente, segundo o dirigente, 17 mil atuam na função na cidade.
Dias diz que, após o fracasso nas negociações com os patrões por reajuste salarial, o clima está favorável a uma greve de longa duração. "Os bancários estão muito descontentes com o que acontece nos bancos, não é só uma questão salarial. É uma questão por melhores condições de trabalho, mais contratações, fim do assédio moral. Hoje temos muitos bancários adoecidos, a pressão é muito grande. Pedimos o apoio da população porque os bancários são tão vítimas dos banqueiros quanto os clientes."
O sindicato tem uma assembleia de avaliação marcada apenas para esta sexta-feira (20). Durante esta quinta, no entanto, Dias cita que pode haver uma manifestação na rua, provavelmente na região central. O ato público ainda não foi confirmado.
Consumidores não devem ser afetados
Segundo a diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, "questões entre empregados e empregadores não devem prejudicar os consumidores". Mesmo assim, a paralisação não isenta o consumidor de pagar suas contas dentro do prazo estipulado pelo credor, segundo nota enviada por e-mail pelo órgão de defesa do consumidor.
Para evitar eventuais encargos, como multas e juros pelo não pagamento da dívida em dia, a primeira atitude é ligar para a agência na qual possui conta para saber se ela aderiu à greve. Caso tenha aderido, procure saber se outra agência está operando.
Caso não seja possível utilizar uma agência bancária, a solução é procurar, o quanto antes, o credor e solicitar outra opção de local para efetuar o pagamento, como internet, sede da empresa, casas lotéricas, código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos, e outros.
A greve não afeta o funcionamento dos caixas eletrônicos das instituições financeiras, e o pagamento de contas de serviços públicos como água, luz e telefone pode ser feito em casas lotéricas e em alguns supermercados.
Comprovantes
O cliente deve guardar os comprovantes, tanto os que indicam que ele buscou o credor para solicitar outra forma de pagamento, quando os comprovantes de pagamento feitos por outros canais, como internet e telefone. "No caso da internet, o comprovante pode ser impresso. Pelo telefone, o consumidor deve anotar o número do protocolo", diz o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (Idec).
Contas em atraso
Para quem tem conta como luz, água, telefone, gás em atraso, a orientação é fazer o pagamento normalmente pelos canais alternativos do banco (internet, telefone, corresponde bancário). As próprias concessionárias de serviço público costumam inserir os juros e as multas na conta do mês seguinte.
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