A bolsa paulista encerrou o pregão desta quarta-feira (23) em queda, pela quinta sessão consecutiva, com as persistentes preocupações com a crise na Europa e também por dados ruins da economia chinesa. O Ibovespa caiu 1,62%, a 54.972 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,61 bilhões de reais. "Além da crise na Europa, que já é rotineira na pauta de análise dos investidores, os números da China foram bastante ruins, e isso pesou forte em algumas ações, como a Vale", explicou o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Rostagno. A ação preferencial da mineradora recuou 2,52%, para 39,85 reais, enquanto a ordinária perdeu 2,64%, a 42,40 reais, Na China, o setor fabril retraiu-se no maior ritmo em 32 meses em novembro, com o índice HSBC passando para 48, ante 51 em outubro. Rostagno também lembrou que dados europeus foram considerados ruins, o que, aliado ao resultado do leilão de bônus alemães, reforçou as preocupações com o continente. "O leilão (de bônus) na Alemanha foi uma surpresa pela baixa demanda, o que mostrou que a crise já contamina países centrais", disse. As encomendas à indústria da zona do euro desabaram em setembro comparado a agosto, enquanto o setor privado registrou uma contração pelo terceiro mês seguido em novembro. Entre as ações do Ibovespa, além da Vale, a preferencial da Petrobras registrou queda de 0,51%, a 21,57 reais. Os papéis de siderurgia também contribuíram para o recuo desta quarta-feira, com a ação preferencial da Usiminas perdendo 5,39%. CSN caiu 2,49% e a Metalúrgica Gerdau recuou 1,90%. Na outra ponta, a ação da Klabin teve a maior alta do índice, de 2,69%, com instituições como Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual reafirmando suas preferências pela empresa no setor de papel e celulose.
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