Após três sessões no azul, a bolsa paulista tombou em meio à queda das commodities e à disputa pelos contratos de opções, na reta final da temporada de balanços trimestrais de empresas domésticas.
Acelerando as perdas nos minutos finais, o Ibovespa fechou o dia desvalorizado em 2,99 por cento, a 64.447 pontos. O movimento financeiro da sessão totalizou 8,08 bilhões de reais.
Uma das fontes de pressão foi a notícia de que os estoques de petróleo nos Estados Unidos subiram inesperadamente na semana passada, o que empurrou ladeira abaixo a cotação do produto. Ato contínuo, a ação preferencial da Petrobras caiu 2 por cento, para 36,85 reais.
A recuperação do dólar frente às principais moedas globais catalisou o movimento da queda das matérias-primas, que atingiu também os metais, pesando em companhias como as siderúrgicas e a Vale, que viu sua ação preferencial recuar 4,1 por cento, a 40,60 reais.
"O dia negativo nas bolsas acabou sendo mais intenso aqui, já que a Bovespa foi uma das que mais subiu no ano", disse Nicholas Barbarisi, sócio e diretor de operações da Hera Investment.
Essa correção facilitou a ação dos 'vendidos', investidores que apostam na queda no mercado de opções, que tem exercício na próxima segunda-feira, disseram profissionais do mercado.
Esse pano de fundo mascarou a reação dos investidores aos resultados de companhias brasileiras do terceiro trimestre. Os balanços que agradaram conseguiram fazer o suficiente apenas para limitar as perdas.
Foi o caso de Banco do Brasil, que caiu 0,16 por cento, a 31,07 reais, depois de o banco ter reportado sólidos resultados que mereceram elogios de analistas do setor.
"O BB teve um desempenho consistente em quase todas as áreas, incluindo o crescimento da carteira de crédito, custos, receitas de tarifas e qualidade do ativo sob controle", comentou o analista da Itaú Corretora Alcir Freitas.
Uma das poucas a fechar o dia no azul foi Lojas Renner, com alta de 2,25 por cento, a 34,15 reais, depois de a companhia ter entrado na nova carteira MSCI de ações de mercados emergentes.
Na ponta de baixo, TAM não conseguiu empolgar o mercado ao reportar que passou do prejuízo ao lucro no terceiro trimestre e desabou 6 por cento, para 26,72 reais.
Na mesma linha, MMX retrocedeu 4,7 por cento, a 11,73 reais. "Apesar da forte evolução da margem bruta, o Ebitda (geração de caixa) permaneceu significativamente negativo", comentou a Brascan Corretora, em relatório.
Ainda, Pão de Açúcar encolheu 4,4 por cento, para 54,69 reais, depois de resultados que receberam avaliações distintas de analistas. A Link Corretora aprovou o balanço e manteve recomendação de compra para os papéis da companhia.
Já a Itaú Corretora frisou pontos negativos, como o Ebitda (geração de caixa) que veio abaixo do esperado.
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