A inflação medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou fortemente na primeira leitura do mês, pressionada por um salto nos custos do minério de ferro e pelos salários na construção.
O indicador teve alta de 2,21% na primeira prévia de junho, a maior alta desde dezembro de 2002, contra 0,47% em igual período de maio, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.
O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 3,14% na primeira prévia de junho, a elevação mais forte desde julho de 1996, ante 0,49% na de maio.
O IPA agrícola teve queda de 0,05% nesta leitura, após elevação de 0,51% na anterior. O IPA industrial saltou 4,16%, seguindo a variação positiva de 0,48% antes.
A principal alta individual de preços no atacado foi de minério de ferro, de 75,25%, depois de queda de 2,67% na abertura de maio. O item reflete o reajuste acertado recentemente entre mineradoras e siderúrgicas mundiais.
Outras pressões no atacado foram de farelo de soja, leite in natura, soja em grão e óleo combustível.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 2,18% na primeira prévia de junho, maior leitura desde junho de 2008, comparado a avanço de 0,55% na primeira de maio.
Dissídios salariais da categoria pressionaram o componente Mão de obra em 3,57% nesta leitura, contra alta anterior de 0,41%.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou 0,26% na primeira prévia deste mês, marcando a menor leitura desde julho de 2006, contra alta de 0,41% na de maio.
Os preços do grupo Alimentação caíram 1,52% nesta leitura, ante elevação de 0,43% na anterior.
As maiores quedas individuais de preços no varejo foram de batata-inglesa, tomate, açúcar refinado, álcool combustível e banana prata.
No ano, o IGP-M acumula avanço de 7,11% e nos últimos 12 meses, de 6,59%.