A expectativa dos empresários é a mais baixa em pelo menos dez anos, mostrou o Índice Lide - FGV de Clima Empresarial, elaborado durante debate promovido pela organização entre Fernando Henrique Cardoso e Armínio Fraga para uma plateia de mais de 600 empresários. O índice recuou para 3 pontos nesta edição da pesquisa, de 3,2 em agosto. Esse é o menor nível da série histórica, que teve início em 2003. O índice está na edição de número 99 e é composto por uma nota de 0 a 10, envolvendo três itens, de pesos iguais: governo, negócios e empregos. O índice que mede a situação atual dos negócios também indica um cenário negativo: 44% dos entrevistados disseram estar pior, ante 39% na pesquisa anterior. Os que relataram uma melhora são 16%, ante 19% em agosto.

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O levantamento mostrou um número recorde para as previsões de demissões, sendo que este item passou a ser incluído nas perguntas somente em março de 2009. Entre os empresários que responderam à pesquisa, 30% projetaram perda de empregos diretos ou indiretos, porcentagem ligeiramente acima dos 29% de agosto. Os que pretendem contratar funcionários somaram 15%, de 17% na última pesquisa.

A previsão para a receita neste ano também atingiu o nível mais baixo desde o início da série histórica, em 2003: 36% dos empresários projetaram melhora, de 42% no mês passado, e 25% esperam uma piora nas receitas, de 15%. Ao comentarem sobre qual fator impede o crescimento da empresa, a resposta predominante mais uma vez foi o cenário político (45%), seguido da carga tributária (39%). Sobre em que área o Brasil mais precisa melhorar, a maioria dos empresários citou a educação (43%), seguida de infraestrutura (29%).

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Já quando questionados sobre quem os empresários acreditam que vai ganhar a eleição para presidente, 53% afirmaram ver Marina Silva (PSB) como a favorita. Outros 35% citaram Aécio Neves (PSDB) e 12%, Dilma Rousseff (PT). Em agosto a proporção estava em 64% para Aécio, 19% para Marina e 17% para Dilma.