O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel, registrou em junho a quarta deflação consecutiva, de 0,10%. Em maio, a taxa havia ficado em -0,07%.
No ano, o indicador já acumula deflação de 1,24%. Em 12 meses, a taxa ainda está positiva, em 1,52%, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). As maiores influências de baixa vieram do minério de ferro, no atacado, com baixa de -14,27%, e do mamão papaya, no varejo, cujo preço recuou 24,26%.
Em junho, o Índice de Preços por Atacado (IPA) voltou a ter deflação, de 0,45%, após uma taxa de -0,30% no mês anterior. No corte por origem, os produtos industriais foram os responsáveis pelo recuo do indicador, ficando 0,92% mais baratos no período, frente a uma taxa também negativa de 0,48% em maio. Já a taxa dos produtos agropecuários acelerou de 0,09% para 0,22% na mesma comparação.
Consumidor
Para o consumidor, os preços subiram menos: a taxa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) recuou de 0,42% para 0,17%. A principal contribuição veio do grupo despesas diversas, cuja taxa passou de 3,97% para 1,34%, influenciado pela alta menor do cigarro.
Também recuaram, na passagem de maio para junho, as taxas dos grupos habitação (de 0,63% para 0,33%), saúde e cuidados pessoais (de 0,90% para 0,35%) e vestuário (de 0,67% para 0,53%).
Na ponta contrária, ficaram maiores as taxas de variação dos grupos transportes (de â0,21% para â0,11%), alimentação (de â0,19% para â0,16%) e educação, leitura e recreação (de 0,03% para 0,08%). Destaque para as altas nas taxas da gasolina (de â0,81% para 0,07%), laticínios (de 3,60% para 6,12%) e passagem aérea (de â6,75% para 1,95%), respectivamente.
Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em junho, variação de 1,53%, acima do resultado do mês anterior, de 0,25%.