IPCA de Curitiba sobe menos e segue abaixo do teto da meta
Curitiba e região metropolitana tiveram a segunda menor alta da inflação oficial em março, entre 11 capitais pesquisadas pelo IBGE
Governo não poupará medidas para conter a inflação, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo não poupará medidas para conter a inflação "e impedir que ela se propague"
A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,47% em março deste ano. A taxa é inferior à de fevereiro (0,60%), mas, no acumulado de 12 meses, atinge 6,59% e supera o teto da meta estipulado pelo governo (6,50%). Os dados foram divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em março do ano passado, a taxa havia sido 0,21%. No ano, a inflação acumulada chega a 1,94%. A taxa acumulada em 12 meses vem subindo desde julho do ano passado. A última vez que o IPCA havia superado a meta do governo foi em novembro de 2011, quando a taxa registrou variação de 6,64%.
Alimentos seguem puxando a alta
Com problemas climáticos, quebras de safra e a chancela da demanda aquecida (que permite um nível maior de repasses de custos), os alimentos seguem como os vilões da inflação, com alta de 1,14% em março - em fevereiro, haviam subido 1,45%, pouco abaixo da taxa de 1,99% de janeiro. Esses fatores praticamente anularam a desoneração de tributos da cesta básica, promovida pelo governo.
Em março, também manteve o IPCA pressionado e em um nível mensal superior ao do cumprimento da meta do governo o grupo habitação, cuja alta foi de 0,51%. Outros aumentos de destaque foram os de empregado doméstico (1,53%) e cabeleireiro (1,14%), que levaram o grupo de despesas pessoais a uma elevação de 0,54%.
O recuo da inflação de fevereiro para março, por seu turno, ocorreu na esteira do fim do período de reajuste das mensalidades escolares. Isso permitiu uma alta menor do grupo educação -0,56%, contra variação positiva de 5,40% em fevereiro, índice que fora superior ao de 2012 por conta da demanda aquecida. Outro refresco à inflação deste ano veio da menor alta da gasolina (0,09%) e da queda das passagens aéreas (-16,43%). Com isso, o grupo transportes registrou deflação de 0,9%.
Medidas como as desonerações de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para veículos e de PIS e Cofins de itens da cesta básica, redução das tarifas de energia e represamento de reajustes de combustíveis da Petrobras são vistas por especialistas como uma tentativa do governo de administrar a inflação e impedir o não cumprimento da meta.
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