A compra de títulos do Tesouro Direto, modalidade de investimento em letras do governo federal, cresceu 35% no ano passado. A emissão totalizou R$ 4,9 bilhões, superando em R$ 1,3 bilhão o valor de 2013. Os dados detalhados foram divulgados nesta semana pelo Tesouro Nacional.
INFOGRÁFICO: Veja todas as opções disponíveis para o investidor
O título mais emitido foi o NTB-N Principal, que passará a se chamar Tesouro IPCA + 20XX e tem rendimento vinculado à inflação oficial, medida pelo IPCA e com expectativa de crescer ao longo do ano. Houve, no ano passado, R$ 1,7 bilhão em emissões do título, um crescimento de 30% sobre o volume de 2013.
Quem mais cresceu no último ano, porém, foi a LFT, que será chamada de Tesouro Selic 20XX e, como o nome indica, remunera o investidor conforme a variação da taxa básica de juros (Selic), que está em 12,25% e tem viés de alta. As emissões de LFT subiram 98% no ano passado, totalizando R$ 1,1 bilhão.
O Tesouro Direto atingiu também o total de 454.126 investidores cadastrados, após uma alta de 20% no número de clientes nos 12 meses.
Investimento é considerado seguro
O investimento em títulos do Tesouro Direto é considerado bastante seguro e significativamente mais rentável que os aportes na caderneta de poupança, por exemplo. A garantia do investidor é a própria solidez das finanças do governo, que precisaria quebrar para que um título deixasse de ser honrado.
O ganho do investidor varia conforme o título escolhido há dez, com preços, prazos e rendimentos distintos. Com o cenário de inflação e juros em alta, são apontados como boas alternativas os títulos atrelados a esses indicadores, como Tesouro Selic 2017 (antigo LFT) e as opções de Tesouro IPCA e Tesouro IPCA + com Juros Semestrais (antigos NTN-B e NTN-B Principal).
O investimento, porém, está sujeito a incidência de imposto de renda de 15% a 22,5%, conforme o prazo da aplicação e a taxas de custódia (0,38%, obrigatória) e de administração do agente que intermedeia o negócio (em alguns casos, há gratuidade).