O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou para uma alta de 0,50% na terceira quadrissemana de maio, após avançar 0,55% na segunda prévia do mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira (23).
O indicador tinha subido 0,57% na primeira quadrissemana de maio, depois de encerrar abril com elevação de 0,52%.
Sete dos oito grupos que compõem o índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação, sendo que o destaque ficou para Saúde e Cuidados Pessoais, que passou de 1,04% para 0,81%. Nesta classe de despesa, a taxa do item medicamentos em geral passou de 2,29% para 1,81%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Despesas Diversas (4,12 para 3,96%), Alimentação (0,53 para 0,48%), Transportes (0,21 para 0,17%), Vestuário (0,53 para 0,44%), Comunicação (-0,21 para -0,27%) e Educação, Leitura e Recreação (0,15 para 0,11%).
Apenas o grupo Habitação registrou acréscimo, ao passar de 0,47 para 0,49%. Nesta classe, destacou-se o comportamento de aluguel residencial (0,55 para 0,62%), tarifa de eletricidade residencial (1,23 para 1,38%) e mão de obra para reparo de residência (1,16 para 1,56%).
Na terça-feira, a inflação deu sinais de arrefecimento do preços, uma vez que O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) -considerado uma prévia da inflação oficial- registrou alta de 0,51% em maio, abaixo do esperado pelo mercado.
Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - indicador oficial para a meta do governo - fechou com alta de 0,64%, após avanço de 0,21% em março.
Com isso, o governo mantém em aberto o caminho para mais reduções na Selic, atualmente em 9% ao ano. A flexibilização da política monetária é uma das armas usadas para estimular o crescimento, e a equipe econômica mantém a postura de que será possível cumprir a meta de inflação neste ano, de 4,5%.
Mas, embora o objetivo oficial ainda seja de uma expansão da economia na casa de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, já há avaliações de que ela ficará mais perto de 3,2%. .O próprio ministro da Fazenda, Guido Mantega, já admitiu que a projeção de 4,5% não deverá ser atingida. Diante disso, o governo anunciou na segunda-feira mais medidas de estímulo à economia.
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