Pesquisa da Fundação Procon-SP divulgada nesta sexta-feira (28) revelou que a maior diferença na cobrança pelo pacote de serviços prioritários para pessoa física oferecidos pelos maiores bancos no País está nas tarifas praticadas pelo Banco Itaú e Unibanco, que anunciaram no início do mês sua fusão.
De acordo com o levantamento, divulgado nesta sexta-feira, a variação chega a 87,33%. O pacote padronizado do Itaú é o mais barato: R$ 15,00, empatado com a Caixa Econômica Federal. Já o mais caro é o do Unibanco - R$ 28,10.
Padronização
Segundo Diógenes Donizete, assistente de direção do Procon, as diferenças entre os valores dos pacotes variam de banco a banco, levando em conta fatores como seus próprios custos. "Não existe um tabelamento", explica. Ele avalia que ainda é cedo para haver uma padronização dos preços cobrados por Itaú e Unibanco, mas tem certeza que, assim que as operações das duas instituições forem unificadas, haverá uma unificação de suas tabelas.
"É obvio que isso vai se fundir. Não só a instituição, mas os produtos, os serviços, os preços também vão se fundir", apontou. Ele lembrou que um banco não pode cobrar preços diferentes por produtos ou serviços idênticos, o que feriria o Código de Defesa do Consumidor.
Valor médio
Foram analisadas pelo Procon as tabelas de custos do Banco do Brasil, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander e Unibanco, com base nas tabelas vigentes a partir de 31 de outubro. Segundo o Procon, o valor médio do pacote padronizado é de R$ 21,36. O resultado mostra um recuo de 0,19% ante o valor médio encontrado na pesquisa realizada em abril, de R$ 21,40.
O pacote prioritário abrange os seguintes serviços: cartão de débito, dez folhas de cheque por mês, quatro saques, dois extratos contendo a movimentação, duas transferências na própria instituição, extrato consolidado anual em fevereiro, renovação de cadastro com cobrança semestral. "Esse pacote atende de 60% a 70% da população que usa o serviço de bancos", explicou o assistente de direção do Procon.
Das dez instituições consultadas, oito mantiveram o custo de seu pacote padronizado. O Unibanco, além de ter o pacote mais caro, foi o único banco a aumentar seu valor - de R$ 26,50 em abril para R$ 28,10 em outubro, uma elevação de 6,04%. Já o Safra, que apresentava o pacote mais caro em abril, reduziu seu custo de R$ 28,00 para R$ 26,00, uma queda de 7,14%.