| Foto: Ivo Lima/Ministério do Esporte

A Latam Airlines, maior companhia aérea da América do Sul, informou que a queda no tráfego aéreo brasileiro significa que a empresa deve cancelar ou adiar alguns dos pedidos de 53 jatos encomendados pelas duas companhias originais antes da fusão, em 2012: TAM e LAN.

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A empresa está revisando alguns dos 27 modelos A350s da Airbus para TAM e 26 modelos 787 Dreamliners da Boeing para a LAN. A contratação de mais seis 787 da Aercap Holdings também pode estar em risco.

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“A TAM comprou os A350 há dez anos e compramos os 787 há sete anos”, afirmou o diretor executivo da companhia Enrique Cueto em entrevista à Bloomberg, acrescentando que Latam esperava crescimento de 4% ao ano no Brasil, quando, na realidade, o país encolhe nesse ritmo.

Com aproximadamente 150 aeronaves espalhadas pelos países mais populosos da América Latina, a Latam precisa reduzir a frota na região em cerca de 10% este ano para atender à demanda, com corte de 2% previsto para 2017, informou Cueto.

A LAN já recebeu 10 das 14 aeronaves 787-8 encomendadas e cinco dos 12 modelos 787-9, segundo a Boeing. Já a TAM recebeu o primeiro dos três aviões A350-900 entre os 15 pedidos em dezembro.

Os ADRs (recibos de ações) da companhia listados na Bolsa de Nova York eram negociados com queda de 3,6%, a US$ 6,35, nesta quinta-feira.

A Latam não está sozinha na decisão em meio à recessão brasileira. As empresas Gol e Azul estão planejando se desfazer de 53 aviões este ano.

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Meta de US$ 3 bilhões

A Latam afirmou que cortará seus ativos em até US$ 3 bilhões até 2018, renegociando pedidos, vendendo aviões e evitando alugar aeronaves.

Falando em Dublin, Cueto disse que as planejadas joint ventures com as aéreas American Airlines e a matriz da British Airways, IAG, ajudarão a nível o campo de atuação com outras rivais mais ricas, como as companhias do Goldo Pérsico. Segundo ele, ganhar a aprovação para a cooperação entre as empresas deve levar um ano.

“Quando você trabalha com a British Airway, American Airles e Iberia, você fica com as conexões que eles têm e pode oferecer algo aos nossos passageiros que, sozinho, seria impossível”, disse.