O leilão de energia nova, realizado nesta terça-feira (30), resultará em investimentos da ordem de R$ 11 bilhões na construção de novas usinas por todo o País. "Nesse momento de grande turbulência no exterior, o leilão demonstrou a confiança dos investidores no Brasil", afirmou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
Apesar da conjuntura adversa, o governo federal não cogitou cancelar a realização da licitação. "O setor elétrico brasileiro possui grande credibilidade entre os investidores", disse Zimmermann, descartando que a crise no mercado financeiro americano tenha repercussões negativas no setor elétrico.
O leilão, que visa a contratar a demanda do mercado para 2013, denominado A-5, foi concluído com 3.125 MW médios negociados, sendo 121 MW médios provenientes da hidrelétrica Baixo Iguaçu e 3.004 MW médios de usinas térmicas. O preço final do produto hídrico foi de R$ 98,98 por MWh (megawatt-hora), deságio de 19 5% sobre o preço-teto da fonte de R$ 123 por MWh. Já o valor final do produto outras fontes (térmicas e eólica) foi de R$ 145 23 por MWh, deságio de 0,53% sobre o preço-teto de R$ 146 por MWh.
No total, o leilão movimentou R$ 60,5 bilhões. Dos 49 geradores participantes do leilão, 24 usinas venderam energia na licitação sendo uma hidrelétrica (Baixo Iguaçu) e 23 térmicas. Destas, quatro são projetos movidos a gás natural liquefeito (GNL), uma usina a bagaço de cana-de-açúcar, uma usina movida a carvão importado e 17 térmicas movidas a óleo combustível.