O lucro líquido da Telefônica Vivo apresentou queda no primeiro trimestre de 2015 na comparação com o mesmo intervalo de 2014, devido a maior despesa financeira no período, explica a administração da operadora em relatório que acompanha o balanço. O resultado líquido foi de R$ 579,7 milhões de janeiro a março deste ano, 12,3% menor que no primeiro trimestre de 2014.
As despesas financeiras líquidas cresceram 146,7% nessa comparação, para R$ 217,8 milhões, contra despesa de R$ 88,3 milhões anteriormente. Essa diferença se deu principalmente pelo maior endividamento líquido médio e impacto do aumento da taxa de juros no período, justifica a companhia.
A receita líquida cresceu 4,3%, para R$ 8,983 bilhões, “a melhor variação em cerca de três anos”, segundo a administração da Telefônica.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ficou estável (+0,2%), em R$ 2,568 bilhões, o que é explicado pelo aumento das receitas móveis e por outro lado maiores gastos com provisões a devedores duvidosos e os relacionados a TV. O Ebitda foi “afetado por um nível mais elevado de inadimplência, em um ambiente econômico mais desafiador”, segundo o documento.
A margem Ebitda caiu 1,2 ponto porcentual em relação ao primeiro trimestre de 2014, para 28,6%.
A provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceu 56,0% no primeiro trimestre ante um ano antes, para R$ 324,4 milhões, “com o nível de inadimplência em 2,4% da receita bruta total (+0,8 ponto porcentual na comparação anual), reflexo da atual conjuntura econômica”, segundo a operadora, que complementa dizendo que “segue adotando rígidos critérios de crédito e cobrança em ações com o intuito de redução dos níveis de inadimplência.”