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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta quinta (4) no Rio de Janeiro que, no atual contexto de crise internacional, se sente isolado ao demonstrar otimismo com o Brasil.

"Tem horas que me sinto um Dom Quixote. Às vezes me sinto sozinho tentando pregar o otimismo", disse o presidente para uma platéia de artistas e intelectuais durante cerimônia de lançamento do Fundo Setorial do Audiovisual, no Palácio Gustavo Capanema.

Lula comparou o mercado a um adolescente que se julga independente, mas, diante da "primeira dor de barriga", volta para a casa dos pais.

"O que aconteceu com o mercado é que quando deu dor de barriga, chamaram o Estado, que negaram durante 20 anos. É por isso que o mercado precisa de controle e de regulação", declarou.

Para o presidente, a crise atual é mais séria que a de 1929, considerada a mais grave da história do capitalismo, mas, mesmo assim, segundo ele, o país não pode se acovardar.

"Em época de crise, a gente não se acovarda. Quanto mais crise, mais investimentos vamos fazer porque isso vai criar emprego e geração de renda. Não podemos deixar que a roda-gigante da economia deixe de girar", afirmou.

Por conta disso, Lula disse que tem recomendado a governadores e prefeitos que não suspendam investimentos. "Nenhum presidente assinaria a liberação de um fundo [o do audiovisual] num momento de crise, mas eu estou fazendo justamente o contrário. Estou recomendando aos governadores de Estado e aos prefeitos que não deixem de investir um centavo", afirmou.

O presidente criticou a parcela "colonizada" da elite, que, segundo ele, se impressionou com o anúncio do presidente eleito Barack Obama, de criação de milhões de empregos nos EUA.

"Uma parte da elite ainda é colonizada. Quando o Obama disse isso, muita gente disse: 'Que coisa fantástica'. Mas quero dizer que neste ano o Brasil já gerou 2,149 milhões de empregos", afirmou.

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