A maior companhia aérea italiana, a Alitalia, está a um passo da falência. A situação da empresa é tão crítica que alguns especialistas afirmam que na próxima semana deve ser decretada a falência da companhia aérea.
As negociações foram muito tensas, com manifestações de pilotos e assistentes de vôo na frente do Palazzo Chigi, o palácio do governo, com muitos gritos, lágrimas e cartazes com ataques ao governo.
Quatro dos nove sindicatos estão tentando chegar a um acordo com um consórcio de investidores privados que compraria a parte rentável da empresa.
Porém, o sindicato dos pilotos e comissários, que reúne mais de 7 mil funcionários, rejeitou a proposta. "Qualquer acordo sem consulta direta a nós será rejeitado e considerado inútil, assim como uma provocação", afirmaram os cinco sindicatos não incluídos nas negociações, em nota conjunta.
As dívidas da Alitalia, que chegam a quase 2 bilhões, seriam assumidas pelo Estado italiano ou pelos contribuintes, como acusa a oposição.
O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, culpou a oposição pelo fracasso das últimas negociações e prometeu salvar a empresa estatal com a ajuda da companhia aérea alemã Lufthansa. Se o acordo for feito, estão previstas três mil demissões e a redução dos salários. Nos próximos dias, pode faltar combustível e muitos vôos poderão ser cancelados.