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Greve geral

Manifestantes fecham acesso ao Porto de Santos, ruas e estradas em São Paulo

Os principais acessos ao Polo Industrial de Cubatão e ao Porto de Santos foram bloqueados por volta das 5 horas desta quinta-feira (11), no Dia Nacional de Lutas, organizado por centrais sindicais. Os bloqueios ocorrem na entrada da cidade, na Avenida Martins Fontes, altura do Cemitério do Saboó, prejudicando a movimentação de veículos que se dirigem à Via Anchieta. Os trabalhadores só acessam as 22 indústrias que integram o parque industrial de Cubatão a pé.

A Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na Baixada Santista, também foi fechada, impedindo a passagem de caminhões e carretas que acessam os terminais marítimos da margem esquerda do porto, em Guarujá.

Outros pontos estratégicos, como a divisa entre Santos e São Vicente, nas imediações da Praia do Itararé, também estão sendo interditados, por enquanto, de forma pacífica. Já a travessia de balsas, entre Santos e Guarujá operam normalmente. As empresas de transporte coletivo da Baixada estão funcionando. Só os ônibus intermunicipais, como os que ligam Santos a São Vicente e Santos a Cubatão, encontram dificuldades para ultrapassar os bloqueios. A Polícia Militar informou que está atenta a toda a movimentação e que só intervirá se houver depredação.

Raposo Tavares, Anhanguera e Dutra têm bloqueios

Dez categorias estão reunidas neste momento em uma manifestação em Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo. O grupo pretende seguir para a Rodovia Presidente Dutra, que já tem interdições em São José dos Campos. Na Anhanguera, a pista expressa está com tráfego interrompido no sentido interior na altura do quilômetro 30, em Cajamar. Próximo a Jundiaí a rodovia está interditada nos dois sentidos.

Capital tem manifestações

Na capital, a Marginal do Rio Pinheiros, ocupada por manifestantes logo no início da manhã desta quinta-feira, foi liberada um pouco antes das 8 horas. Em São Paulo, a Radial Leste - principal ligação entre a zona leste da cidade e o centro - também chegou a ser totalmente interditada no sentido bairro, mas foi desocupada depois de uma hora de protesto. Ainda há o bloqueio em todas as faixas do cruzamento entre as avenidas Atlântica e João de Barros, em Santo Amaro, na zona sul.

Na zona oeste, trabalhadores da região ocupam a Ponte do Piqueri. Costureiras e funcionários dos setores têxtil e de alimentação ocupam a Avenida Celso Garcia, na zona leste, de acordo com representantes da Força Sindical.

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os atos do Dia Nacional de Lutas interditam parcialmente outras importantes vias da cidade, como a Avenida dos Bandeirantes, a Avenida Brigadeiro Faria Lima e a Avenida do Estado. Na Avenida Paulista, manifestantes estão concentrados no vão livre do Masp, mas, até as 9 horas, não impediam o tráfego de veículos na região.

Apesar das interdições, o trânsito na capital paulista registra índices mínimos de lentidão para o dia e horário. A CET acredita que muitos motoristas evitaram sair às ruas justamente para escapar dos possíveis bloqueios.

Os ônibus municipais e trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) circulam normalmente, segundo as empresas que administram os serviços de transporte coletivo na capital.

Motoboys fazem protesto com música

Ao som de música eletrônica e rap, vindos de dois carros de som, cerca de 30 motoboys se concentravam em frente ao sindicato da categoria, na Rua Doutor Eurico Rangel, acesso da Avenida Bandeirantes para a Avenida Vereador José Diniz, no Brooklin, zona sul, por volta das 9h. Os sindicalistas esperam sair do local em direção à Avenida Paulista, às 10h.

No caminho, o trânsito da Avenida 23 de Maio deve ser afetado no sentido centro. O presidente do SindimotoSP, Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, espera a presença de mais de mil trabalhadores. A categoria reivindica, entre outras coisas, criação de motofaixas e bolsões de estacionamento, mudanças na multa por viseira levantada e adicional de periculosidade.

Cidades do interior de SP também enfrentam protestos

Cidades do interior do estado de São Paulo também enfrentam manifestações nesta quinta-feira. Os cinco terminais de ônibus de Piracicaba estão fechados por causa do "Dia Nacional de Lutas". O Conselho de Entidades Sindicais de Piracicaba (Conespi) fechou a saída das garagens das empresas de ônibus desde às 4h. Os ônibus devem ser liberados para circular a partir das 12h.

Em Campinas, pelo menos 300 manifestantes iniciaram uma passeata pelas ruas do centro da cidade. O grupo partiu da Estação Cultura, por volta das 9h30. Eles devem fazer um primeiro ato em frente à Catedral Metropolitana.

Já em Ribeirão Preto, quase todos servidores públicos municipais já começaram a se concentrar no centro da cidade. Eles se reúnem na frente do Instituto de Previdência dos Municipiários IPM, de onde sairão em passeata até a Prefeitura.

Às 10h30, as manifestações já afetavam 11 Estados do País. Rio Grande do Sul, São Paulo, Pernambuco e Bahia eram os mais afetados.

"MST da Base" protesta em usina de cana-de-açúcar

Cerca de trezentos integrantes do MST da Base, dissidência do Movimento dos Sem-Terra (MST), protestam na manhã desta quinta-feira, na entrada da usina Decasa Açúcar e Álcool em Marabá Paulista, no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo. O grupo impedia a entrada de caminhões carregados com cana-de-açúcar.

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