O mercado de software em Maringá, no Noroeste do Paraná, tem se consolidado como um importante polo regional de Tecnologia da Informação (TI). O número de empresas deu um salto de 2006 para cá, segundo levantamento feito pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem). O crescimento foi de 69,8%, chegando a 150 empregadores.
Os dados revelam ainda que com a expansão do setor ampliou-se também o número de postos de trabalho: 153,2% a mais no mesmo período – uma média atual de três mil trabalhadores.
No levantamento deste ano da Great Place to Work (GPTW), que avalia o nível de confiança dos profissionais, das 100 melhores empresas no Brasil para trabalhar em TI, 12 estão no Paraná e cinco delas em Maringá.
Home office ajuda a garimpar
mão de obra
Leia a matéria completaA ampliação nos negócios e o bom desempenho, de acordo com Edney Marcos Mossambani, presidente da Software by Maringá (SBM) – entidade que congrega as empresas locais, os resultados se devem à localização estratégica do município, mas principalmente à comunidade acadêmica, que é responsável por grande parte da mão de obra que acaba sendo absorvida após a conclusão do ensino superior.
“A articulação junto às academias para a formação e a qualificação da mão de obra tem sido um dos pilares do nosso trabalho”, pontua.
Prêmios
O polo no município compõe um movimento estadual para destacar o Paraná nacionalmente no setor de TI, explica Mossambani. Segundo ele, a cidade já se sobressai com o maior número de certificações internacionais de qualidade no estado.
A articulação junto às academias para a formação e a qualificação da mão de obra tem sido um dos pilares do nosso trabalho.
Dessa forma, cinco dos oito últimos Prêmios da Pequena à Micro Empresa (MPE Brasil), na categoria TI, foram vencidos por empresários maringaenses, ligados ao Arranjo Produtivo Local (APL). Além de outras diversas empresas que também já foram reconhecidas no Prêmio Paranaense de Qualidade de Gestão (PPrEG).
Os softwares desenvolvidos na cidade atendem diversas áreas e segmentos, e são comercializados em todo o Brasil. Alguns também já contemplam o mercado externo, conforme Mossambani.
“Queremos ir mais longe. Para isso, existe um movimento de incentivo à criação de startups para soluções de mobilidade que possam atingir o mercado global.”
Há vagas
Apesar de o mercado de TI estar aquecido na cidade, alguns empresários se queixam da falta de mão de obra qualificada. No site da empresa DB1 Global Software, que desenvolve projetos e softwares próprios, um banner informa; “estamos contratando”.
Não só nossa empresa, mas o setor como um todo na cidade deve crescer acima de 12% em 2016. Somente nessa conta, a necessidade seria de mais 400 pessoas.
Segundo Ilson Rezende, proprietário da empresa, a cidade toda tem atraído profissionais, principalmente de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, além de, a cada ano, ter um número expressivo de novos desenvolvedores que se formam nas faculdades da região. No entanto, ainda há dificuldade para preencher as vagas de trabalho ofertadas.
Para o próximo ano, a expectativa do empresário é crescer 18% e ainda aumentar as exportações de 3% para 10% destinadas às Américas do Norte e do Sul. Para isso é necessário elevar o número de funcionários, que hoje é de 190.
“Não só nossa empresa, mas o setor como um todo na cidade deve crescer acima de 12% em 2016. Somente nessa conta, a necessidade seria de mais 400 pessoas.”
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